Eduardo de Oxalá, autor em Estação de Radio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/author/eduardo-franco-coelho/ Emissora de Radio Yorùbá especializada em candomblé, umbanda e tudo relacionado a cultura afro brasileira Wed, 08 May 2024 22:40:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://radioyoruba.com.br/wp-content/uploads/2022/07/LOGO_RADIO_YORUBA_512-75x75.png Eduardo de Oxalá, autor em Estação de Radio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/author/eduardo-franco-coelho/ 32 32 Fim da escala 6×1? Entenda o movimento que está lutando para acabar com esse modelo de trabalho https://radioyoruba.com.br/2024/05/08/fim-da-escala-6x1-entenda-o-movimento-que-esta-lutando-para-acabar-com-esse-modelo-de-trabalho/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/08/fim-da-escala-6x1-entenda-o-movimento-que-esta-lutando-para-acabar-com-esse-modelo-de-trabalho/#respond Wed, 08 May 2024 22:39:39 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13331 As jornadas excessivas podem comprometer a saúde física e mental dos colaboradores, impactando negativamente a produtividade das equipes e os resultados da empresa. Com esse excesso de trabalho, algumas discussões tem surgido sobre o fim da escala 6×1. A jornada 6×1, para muitos movimentos e colaboradores, é considerada uma jornada excessiva e desequilibrada. Por isso, […]

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As jornadas excessivas podem comprometer a saúde física e mental dos colaboradores, impactando negativamente a produtividade das equipes e os resultados da empresa. Com esse excesso de trabalho, algumas discussões tem surgido sobre o fim da escala 6×1.

A jornada 6×1, para muitos movimentos e colaboradores, é considerada uma jornada excessiva e desequilibrada. Por isso, foi criada uma petição online que solicita à Câmara dos Deputados uma revisão desta escala.

Uma pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que o trabalho em excesso pode levar a doenças graves e até morte. Segundo o estudo, mais de 4% dos trabalhadores brasileiros estão expostos a longas jornadas.

O que é a escala 6×1?
A escala 6×1 é aquela em que o colaborador trabalha por 6 dias e tem 1 dia de folga. Nesta jornada, o funcionário pode trabalhar 8 horas de segunda a sexta e 4 horas no sábado, folgando no domingo, totalizando as 44 horas de trabalho semanais permitidas pela CLT.

Quais estabelecimentos usam a escala 6×1?
Muitos segmentos do mercado adotam a escala 6×1, principalmente os que precisam funcionar aos finais de semana. Conheça alguns dos estabelecimentos que normalmente seguem essa jornada:

Comércio;
Restaurantes;
Supermercados;
Telemarketing;
Farmácias.

O que diz a CLT sobre a escala 6×1?
A CLT não tem nenhuma diretriz específica quanto à escala 6×1, no entanto, essa jornada segue a carga horária de outros modelos, com 44 horas semanais. Na escala 6×1, a empresa costuma dividir a jornada entre 8 horas de segunda a sexta e 4 horas no final de semana ou 7h20 por 6 dias. Entretanto, muitas dúvidas surgem a partir das folgas e do trabalho no feriado em escalas 6×1.

Nos feriados, a empresa deve fazer uma negociação com o colaborador, sabendo que não é obrigatória a concessão de folga em pontos facultativos e, em feriado oficial. Sendo assim, se não for trabalho essencial, o funcionário tem direito a se ausentar.

Já as folgas, podem ser concedidas em qualquer dia da semana, sendo que, a cada 7 ou 4 semanas, a folga deve ser concedida em um domingo, conforme o sindicato dos trabalhadores.

A escala 6×1 vai acabar?
O fim da escala 6×1 é uma discussão que partiu de um vídeo no TikTok, publicado em setembro de 2023 pelo influenciador e ex-balconista de farmácia Ricardo Azevedo.

A partir desta publicação, o Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), em que Ricardo é líder, solicitou uma revisão da CLT e abriu uma petição online pedindo o fim da escala 6×1.

A petição já conta com mais de 500 mil assinaturas, o que pode motivar para que o fim da escala 6×1 seja debatido na Câmara, visto que ganhou apoio de alguns deputados nos últimos meses.

Como o Movimento VAT começou?
Nascido em Tocantins e morador do Rio de Janeiro há 10 anos, Rick aos 30 anos estava cansado da escala 6×1 que o trabalho de balconista de farmácia lhe proporcionava. Em paralelo, também conciliava os trabalhos de influencer no Tik Tok onde comentava as novidades do mundo pop – mas nenhuma live repercutiu tanto quanto o vídeo que ele publicou no dia 13 de setembro de 2023.

“Era uma segunda-feira quando eu estava de folga e decidi gravar um vídeo. Era o único dia que eu tinha de descanso em uma semana. Esse era o único dia em que eu poderia marcar um médico, arrumar a casa ou ir à praia. Eu já estava inconformado com essa escala desumana de 6×1 em pleno período que vigora o CLT, quando a minha coordenadora me ligou e me estimulou ainda mais a desabafar”.

Na ligação a coordenadora pediu para Rick entrar mais cedo no dia seguinte – a mudança de horário encurtou o seu único dia de folga. “Costumava entrar às 14h30, ou seja, contava com o descanso da manhã seguinte, que me foi tirado também”, disse Rick.

O vídeo foi publicado no dia 13 de setembro na parte da manhã, enquanto Rick ia ao trabalho. Com o celular desligado durante o expediente, o balconista só se deu conta da repercussão que o seu vídeo tomou na internet quando ligou o celular e viu milhares de mensagens chegando. “Vi notificações por todo o lado. Muita gente repercutindo e dizendo que a escala 6×1 é um absurdo, inclusive muitos advogados”.

A proposta do Movimento VAT
O que Rick defende por meio do Movimento VAT é uma escala 4×3 (trabalha 4 dias e folga 3) que já está sendo testada em vários países, inclusive no Brasil.

Para Roberta Rosenburg, CEO e co-fundadora F.Lead, consultoria de desenvolvimento de pessoas, a escala 4×3 pode não ser a ideal para o momento. “Felizmente, hoje, falamos muito sobre sanidade mental no trabalho, mas acredito que a escala 4×3 não seja o caminho ideal para as empresas e tampouco para funcionários. Uma escala 5X2 seria a melhor opção e mais fácil de ser absorvida”.

A origem do trabalho 4×3
Este movimento, impulsionado pelas redes sociais, tem raízes prévias na Europa, onde discussões sobre a implementação de uma jornada de trabalho de quatro dias, sem redução salarial, já ocorrem há algum tempo, afirma Kalyani Madhusudanan, sócia da NAGY, consultoria de Recursos Humanos.

“Entre 2015 e 2019, a Islândia liderou o maior projeto piloto global, experimentando uma semana de trabalho de 35 a 36 horas, sem impacto nos salários tradicionais de 40 horas. O diálogo ganhou maior ímpeto durante a pandemia da COVID-19, com trabalhadores e empregadores reconsiderando modelos laborais”.

Países como Bélgica, Reino Unido e Suécia já adotam essa prática, trazendo benefícios que incluem mais tempo para lazer, cultura, qualificação e, crucialmente, melhorias na saúde mental dos trabalhadores, que enfrentam desafios crescentes como depressão, distúrbios do sono e burnout.

Quais são os motivos para as manifestações a favor do fim da escala 6×1?
Os pedidos referentes ao fim da escala 6×1 são motivados principalmente pela criação de políticas benéficas aos colaboradores, evitando jornadas de trabalho excessivas. A seguir, confira alguns dos principais motivos que levam às manifestações pedindo a extinção deste modelo de jornada.

Maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal
O fim da escala 6×1 pode proporcionar maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal do colaborador, uma vez que haverá uma redução da carga horária de trabalho, dando mais tempo para ele se dedicar a atividades fora do trabalho.

Flexibilidade de jornada
Com o fim da escala 6×1, existe uma flexibilidade maior quanto a negociações do tempo de trabalho e de jornada. Com isso, a empresa pode adotar uma escala de apenas segunda a sexta ou dias com 6 horas de trabalho, tentando obter um equilíbrio nesta jornada, o que não é possível no modelo 6×1.

Maior foco no bem-estar dos colaboradores
O fim da escala 6×1 também é uma demonstração de que a empresa está focada no bem-estar dos colaboradores, com jornadas mais flexíveis e que prezam por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A jornada 6×1 é inflexível nos seus dias de trabalho e descanso, podendo levar o colaborador a exaustão, estresse e problemas de saúde física e mental.

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Marinha envia maior navio da América Latina para ajudar população do RS https://radioyoruba.com.br/2024/05/07/marinha-envia-maior-navio-da-america-latina-para-ajudar-populacao-do-rs/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/07/marinha-envia-maior-navio-da-america-latina-para-ajudar-populacao-do-rs/#respond Tue, 07 May 2024 12:39:02 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13325 A Marinha do Brasil vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul atingida pelos fortes temporais que causam destruição no estado desde a semana passada. No total, o navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de […]

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A Marinha do Brasil vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul atingida pelos fortes temporais que causam destruição no estado desde a semana passada.

Imagem: Divulgação/Marinha do Brasil/CP

No total, o navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir cerca de 20 mil litros de água potável por hora — há forte demanda da população pelo líquido consumível.

A Marinha anunciou ainda o envio de 40 viaturas e 200 militares para o estado gaúcho.

Nesta terça-feira (7), três aeronaves da Força devem chegar ao estado. Anteriormente, a Marinha disponibilizou oito lanchas para auxiliar nos resgates.

Marinha dá auxílio ao Rio Grande do Sul similar ao prestado a São Paulo em 2023.

Chuva dá trégua no RS, mas Guaíba mantém nível recorde

O nível do Guaíba estava em 5,28 metros, às 18h desta segunda-feira (6). Desde a semana passada, o Guaíba ultrapassou o recorde da maior cheia registrada até então –o nível de 4,76 metros, em 1941, quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha. O limite para inundações é de 3 metros, uma referência que indica possíveis danos aos municípios.

A cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros ”No Guaíba, teremos uma retenção durante toda a semana, vai variar de 5,3 m a 5,5 m, mas com estabilidade”, explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à GloboNews.

Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 497 municípios, sendo 364 afetados.

Apenas 4 das 23 casas de bombeamento de água pluvial estão operando na cidade, em atualização das 18h. Segundo a prefeitura, quando a cota de inundação chega a 3 metros, elas não conseguem mais operar com toda a sua capacidade.

A de número 16 foi desligada, pela manhã, por risco de choque elétrico. A decisão foi da concessionária CEE Equatorial, informou o prefeito Sebastião Melo (MDB). Em rede social, ele recomendou que moradores deixassem os bairros Cidade Baixa e Menino Deus. “Quero recomendar aos moradores que saiam dessas regiões, se puderem. Não fiquem no andar térreo”.

O alagamento na região também afetou o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). O data center e o quadro elétrico foram desligados. “Objetivo é preservar a infraestrutura instalada e permitir o retorno dos serviços sem perda de dados”, informou o órgão, em nota.

O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial nesta segunda. Ele restringe o uso da água para consumo essencial. A prefeitura pede que se evite lavar carros, calçadas e fachadas. A orientação também vale para regas de jardins e gramados, além do uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias e banho e tosa de animais.

O aeroporto Internacional Salgado Filho emitiu, hoje, aviso internacional sobre a suspensão de voos por tempo indeterminado O aviso tem prazo até 30 de maio. Em nota, a Fraport Brasil, que administra o aeroporto, diz que não há previsão de retomada das operações.

Vias bloqueadas dificultam saída de moradores. Porto Alegre tem 62 vias totalmente e 13 parcialmente bloqueadas. O acesso seguro de entrada e saída da capital é por meio da RS-118, da RS-040 e da avenida Bento Gonçalves, informou a Prefeitura de Porto Alegre.

Imagem: Carlos FABAL/AFP

Há 750.364 mil clientes da Corsan . O número representa 26% do total dos clientes, informou a Defesa Civil, também no boletim das 18h.

Há 270 mil pontos sem luz, entre áreas atendidas pela RGE Sul. A CEEE Equatorial não apresentou atualização ao fim do dia. Em último comunicado, das 13h, a empresa somava 188 mil clientes sem energia elétrica.

Dezenas de municípios estão sem serviços de telefonia e internet das operadoras Tim, Claro e Vivo.

Em meio às chuvas, algumas cidades registram assaltos, saques e até assassinato No município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, diversos estabelecimentos foram saqueados nos últimos dias. Pessoas não identificadas têm invadido mercados, lojas e farmácias e levado os produtos das prateleiras. Ainda em Arroio do Meio, um homem foi morto após ser atingido por um espeto de churrasqueira. Outra pessoa foi baleada e levada para um hospital de Lajeado.

Em Porto Alegre, diversos comércios também foram invadidos. Em Canoas, homens armados em barco e jet skis têm rondado as casas abandonadas para praticar assaltos, e há relatos de assalto em albergues da cidade.

Além dos saques e roubos nos municípios afetados, golpistas aproveitam a situação e desviam doações enviadas aos gaúchos. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), lamentou essa situação e disse que “no meio de tanta solidariedade, tem aproveitadores que usam da sensibilidade das pessoas” para roubar e aplicar golpes via pix.

 

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‘Só queria uma vida digna para ela’: pai lamenta morte de filha de 7 anos em tentativa de travessia para o Reino Unido https://radioyoruba.com.br/2024/05/06/so-queria-uma-vida-digna-para-ela-pai-lamenta-morte-de-filha-de-7-anos-em-tentativa-de-travessia-para-o-reino-unido/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/06/so-queria-uma-vida-digna-para-ela-pai-lamenta-morte-de-filha-de-7-anos-em-tentativa-de-travessia-para-o-reino-unido/#respond Mon, 06 May 2024 23:35:58 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13316 História de Andrew Harding – Correspondente da BBC News em Paris Em pé na praia, Ahmed Alhashimi grita para as ondas que vão e vêm, batendo no peito, cedendo à dor, à raiva e à culpa, que não vão embora. “Não consegui protegê-la. Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que […]

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História de Andrew Harding – Correspondente da BBC News em Paris

Sara, de 7 anos, sufocou quando foi esmagada no barco em que tentava atravessar da França para o Reino Unido
© BBC

Em pé na praia, Ahmed Alhashimi grita para as ondas que vão e vêm, batendo no peito, cedendo à dor, à raiva e à culpa, que não vão embora.

“Não consegui protegê-la. Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que eu tinha”, soluça.

A família iraquiana tentava ir da França para o Reino Unido.

Na semana anterior, de madrugada, naquele mesmo trecho do litoral da França a sul de Calais, o homem de 41 anos estava espremido dentro de um barco inflável gritando por socorro. Ele implorava às pessoas que abrissem espaço para ele abaixar e resgatar sua filha Sara, de 7 anos, que estava sendo esmagada em uma escuridão sufocante.

“Eu só queria que aquele homem se movesse para que eu pudesse pegar meu bebê”, explica Ahmed.
Ele se refere a um jovem sudanês que fazia parte de um grupo maior que embarcou na última hora, quando o barco já estava longe da costa. O homem o ignorou, e depois o ameaçou, diz.

“Isso foi como a própria morte. Vimos pessoas morrerem. Vi como aqueles homens se comportavam. Eles não se importavam em quem pisassem, se fosse uma criança ou a cabeça de alguém, jovem ou velho. As pessoas começaram a sufocar”, diz Ahmed com rancor.

Ahmed e a sua família tentaram durante muitos anos morar na União Europeia, mas não conseguiram
© BBC

Embora Ahmed seja iraquiano, a sua filha nem sequer conhecia o país. Ela nasceu na Bélgica e passou a maior parte de sua curta vida na Suécia.

No total, cinco pessoas morreram no mesmo incidente.

Eu estava na praia na época com uma equipe da BBC e vi o caos enquanto os contrabandistas, escoltando seus passageiros pela praia em direção a um pequeno barco, usavam fogos de artifício e empunhavam paus para afastar um grupo de policiais franceses que tentou, sem sucesso, impedir o embarque do grupo.

“Ajuda!”

Enquanto o barco avançava rumo ao mar, ouvimos alguém gritando a bordo. Mas na escuridão da madrugada era impossível saber o que estava acontecendo.

O barco inflável no Canal da Mancha, entre a França e o Reino Unido
© BBC News

De madrugada, a polícia já estava deixando o litoral juntamente com um suposto traficante e alguns dos migrantes que não conseguiram embarcar.

Ahmed confirmou mais tarde que era ele mesmo o homem que ouvimos gritar por ajuda, implorando desesperadamente às pessoas ao seu redor para salvar a vida de Sara.

A esposa de Ahmed, Nour AlSaeed, e seus outros dois filhos, Rahaf, de 13 anos, e Hussam, de 8, também ficaram presos entre as pessoas, mas conseguiram respirar.

“Sou um trabalhador da construção civil. Sou forte. Mas nem eu consegui tirar a perna, presa no meio da multidão. Não admira que a minha filha também não tenha conseguido. Ela estava sob os nossos pés”, diz Ahmed.

Quarta tentativa
Essa foi a quarta tentativa da família de atravessar da França para o Reino Unido desde que chegou à região, há dois meses.

A polícia os impediu duas vezes na praia, enquanto tentavam acompanhar o resto dos migrantes que corriam em direção ao barco de um contrabandista.

Ahmed diz que desta vez os traficantes — que cobravam US$ 1,6 mil (cerca de R$ 9 mil) por adulto e metade desse valor por cada criança — tinham prometido que apenas 40 pessoas embarcariam no seu barco, mas outro grupo de migrantes apareceu na praia e insistiu em embarcar.

Sara estava calma no início. Ela segurava a mão do pai enquanto saíam da estação ferroviária de Wimereux na tarde anterior. Durante a noite, eles se esconderam em algumas dunas ao norte da cidade.

Pouco antes das 6h da manhã, o grupo já havia inflado o barco. Os traficantes deram a ordem para que os migrantes levassem o barco para a praia e corressem com ele em direção ao mar antes que a polícia os interceptasse.

Ahmed diz que de repente uma bomba de gás lacrimogêneo da polícia explodiu perto deles e Sara começou a gritar.

Assim que embarcaram, Ahmed segurou Sara nos ombros por cerca de um minuto, mas depois a colocou no chão para ajudar sua outra filha, Rahaf, a embarcar.

Foi quando ele perdeu Sara de vista.

Só depois, quando as equipes de resgate francesas os interceptaram no mar e desembarcaram algumas das mais de 100 pessoas amontoadas no barco, Ahmed finalmente conseguiu alcançar o corpo da sua filha.

“Vi a cabeça dela no canto do barco. Estava toda azul. Ela já estava morta quando a tiramos. Ela não respirava”, explica, entre soluços.

Agora as autoridades francesas estão cuidando da família enquanto esperam para enterrar o corpo de Sara.

Sara (à direita) com seu irmão Hussam e sua irmã Rahaf. A família já havia tentado cruzar o Canal da Mancha três vezes © BBC

‘A única opção que tínhamos’
Ahmed diz estar ciente das fortes críticas que tem recebido nas redes sociais por parte de pessoas que o acusam de colocar a sua família em riscos desnecessários. Ele parece estar dividido entre aceitar e rejeitar essas acusações.

“Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que eu tinha. Tudo o que aconteceu foi contra a minha vontade. Fiquei sem opções. As pessoas me culpam e dizem: ‘Como você colocou suas filhas em risco?’ Mas estou na Europa há 14 anos e fui rejeitado”, diz Ahmed, detalhando anos de tentativas fracassadas de garantir a residência na União Europeia após fugir do Iraque após alegar ter recebido ameaças de grupos de milícias.

A Bélgica aparentemente negou asilo alegando que Basra, a sua cidade natal no Iraque, era classificada como zona segura.

Ele diz que os seus filhos passaram os últimos sete anos com um parente na Suécia, mas foi recentemente informado de que seriam deportados, juntamente com ele, para o Iraque.

“Se eu soubesse que havia 1% de probabilidade de ficar com as crianças na Bélgica, na França, na Suécia ou na Finlândia, ficaria lá. A única coisa que queria para os meus filhos é que eles frequentassem a escola. Não quero qualquer tipo de assistência social. Minha esposa e eu podemos trabalhar. Eu só queria protegê-los, sua infância e sua dignidade”, continua ele.

“Se as pessoas estivessem no meu lugar, o que fariam? Aqueles que (me criticam) não sofreram o que eu sofri. Esta foi a minha última opção”, afirma, apelando ao governo britânico por solidariedade e apoio.

O último desenho que Sara fez de sua família antes da quarta tentativa de chegar à Inglaterra
© BBC

va Jonsson, professora de Sara em Uddevalla, na Suécia, descreve a menina como “gentil e boa” em uma mensagem de vídeo enviada à BBC.

“Ela tinha muitos amigos na escola. Eles brincavam juntos o tempo todo… Em fevereiro, descobrimos que iriam deportá-la e que seria rápido. Eles nos avisaram com dois dias de antecedência”, explica.

Ao saber de sua morte, a turma se reuniu em círculo e fez um minuto de silêncio.

“É muito lamentável que isso aconteça com uma família tão simpática. Já ensinei (outras) crianças desta família e fiquei muito surpresa com a deportação”, afirma a professora.

“Ainda temos a foto da Sara na sala de aula e vamos mantê-la aqui durante o tempo que as crianças quiserem.”

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‘Não é confortável ser criança negra em escola branca’: a advogada que criou comissão antirracista em colégio de elite de SP https://radioyoruba.com.br/2024/05/03/nao-e-confortavel-ser-crianca-negra-em-escola-branca-a-advogada-que-criou-comissao-antirracista-em-colegio-de-elite-de-sp/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/03/nao-e-confortavel-ser-crianca-negra-em-escola-branca-a-advogada-que-criou-comissao-antirracista-em-colegio-de-elite-de-sp/#respond Fri, 03 May 2024 21:09:44 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13309 Caso da filha atriz Samara Felippo ganhou repercussão após a garota ser alvo de ofensas racistas por duas colegas. Em 2020, a advogada Evie Barreto Santiago ficou frustrada ao saber da escassez de políticas antirracistas na escola em que o filho dela estuda na Zona Oeste de São Paulo, o colégio Equipe. Na época, a […]

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Caso da filha atriz Samara Felippo ganhou repercussão após a garota ser alvo de ofensas racistas por duas colegas.

Evie Barreto Santiago criou comissão contra o racismo na escola do filho. Foto: Arquivo pessoal / BBC News Brasil

Em 2020, a advogada Evie Barreto Santiago ficou frustrada ao saber da escassez de políticas antirracistas na escola em que o filho dela estuda na Zona Oeste de São Paulo, o colégio Equipe.

Na época, a diretora da escola, que tem 550 alunos e mensalidade em torno de R$ 3,5 mil, disse em uma entrevista que o colégio tinha poucos professores negros.

A diretora também afirmou que não sabia quantos alunos negros havia no local.

Por acompanhar os eventos escolares, Evie sabia que eram poucos.

Aquela entrevista acendeu um alerta na advogada, que havia colocado o filho no Equipe por conta do perfil progressista da escola, criada no fim dos anos 1960 por ex-professores da área de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP).

Aquilo fez ela se lembrar de sua própria infância e querer fazer algo a respeito.

A advogada conta que havia poucos estudantes negros na escola de elite em que ela estudava em Salvador, na Bahia.

Em meio a colegas de pele clara, ela costumava notar olhares de espanto ou sentia que recebia um tratamento diferente.

“Não é confortável ser uma criança negra em uma escola branca”, diz Evie à BBC News Brasil.

“As minhas experiências não eram nomeadas, nem existia o conceito de bullying.”

Ela diz que hoje reconhece essas situações do passado como recorrentes episódios de racismo.

Evie relembra que alguns pais de colegas de turma a tratavam com descaso e, entre os colegas, havia frequentes comentários sobre seu cabelo crespo.

“Quando a gente ia para casa de amigas, havia um desconforto entre os empregados, que às vezes não queriam me servir”, diz.

“Às vezes, percebia que determinada mãe de aluno me tratava mal. Ninguém falava: estamos te tratando assim por você ser negra, mas havia uma distinção.”

Hoje, com 51 anos e mãe de um adolescente de 15, Evie defende que as escolas adotem medidas mais firmes no combate ao racismo.

No Equipe, a advogada mobilizou outros pais e criou uma comissão antirracista.

Apesar de considerar grupos assim fundamentais para as escolas, a advogada frisa que as medidas de combate ao racismo precisam evoluir e que os debates devem ser constantes.

Evie aponta que faltam protocolos para definir de modo claro como conduzir casos de racismo, até mesmo nas escolas que já têm algum tipo de política sobre o tema.

Caso da filha de Samara Felippo

Atriz Samara Felippo usou as redes sociais para contar episódio de racismo vivido pela filha. Foto: Reprodução/Instagram / BBC News Brasil

Para a advogada, um exemplo evidente de que as escolas deveriam ter um protocolo para lidar com casos de racismo foi o que ocorreu na semana passada no colégio Vera Cruz, uma das escolas mais tradicionais e caras da capital paulista.

O Vera Cruz foi um dos primeiros a criar uma comissão antirracista entre as escolas de elite de São Paulo.

Mãe de uma aluna, a atriz Samara Felippo denunciou um ataque racista sofrido pela filha de 14 anos no Vera Cruz.

Segundo a atriz, a adolescente teve o caderno roubado por alunas, que arrancaram as páginas de uma pesquisa e escreveram agressões racistas.

Samara disse que a filha já era excluída da turma, que atos hostis contra a garota tinham aumentado e que não era um caso isolado.

A atriz contou em suas redes sociais que registrou boletim de ocorrência e não decidiu se a filha continuará na escola. “Ainda estou digerindo tudo e talvez nunca consiga”, declarou.

Em nota, o colégio Vera Cruz informou que logo “reconheceu a gravidade deste ato violento de racismo, nomeando-o como tal, e imediatamente foram realizadas ações de acolhimento ao aluno agredido e sua família.”

A escola disse que duas alunas se apresentaram como as responsáveis pela agressão contra a filha da atriz.

O Vera Cruz disse ter feito um encontro entre as três alunas envolvidas no caso e, posteriormente, as responsáveis pelas agressões foram suspensas por tempo indeterminado. “Novas sanções poderão ser adotadas, conforme apuração e reflexão sobre os fatos”, informou.

Para Evie, o episódio mostra que faltam regras claras sobre o combate ao racismo, que possam definir, por exemplo, se são casos de expulsão ou suspensão.

A advogada considera que definir as medidas aplicáveis nesses casos é uma tentativa de impedir que atos racistas continuem ocorrendo deliberadamente no ambiente escolar.

“As vítimas precisam ser acolhidas e é preciso haver uma orientação sobre suspensão ou expulsão dos agressores. É preciso um protocolo prévio para orientar e dar segurança, para ninguém achar que é imune ou está sendo prejudicado.”

‘Não adianta ser progressista e não ser antirracista’

O caso George Floyd, um americano negro que morreu após um policial ajoelhar em seu pescoço, e discussões de combate ao racismo no Brasil levaram escolas particulares a criarem medidas exclusivas para enfrentamento ao racismo por volta de 2020.

Em meio ao debate mundial sobre o tema, diversos segmentos passaram a ser cobrados sobre as medidas adotadas para combater o racismo.

“O que me motivou a convocar outros pais para criar a comissão foi a indignação de ver que o Equipe, embora progressista, estava muito pouco avançado na educação antirracista. Achei contraditório”, comenta a advogada.

Com o apoio de um grupo de cerca de cem pais, a imensa maioria branca, ela criou a comissão em 2020.

“Pouquíssimos pais são negros, porque é um colégio majoritariamente branco.”

O grupo fez um manifesto em que pediu um aumento do número de professores e alunos negros, além da revisão do currículo escolar para incluir uma educação com história afro-brasileira e a criação de uma agenda antirracista por meio de palestras e debates.

Ela diz que a princípio houve resistência da escola. “O colégio teve dificuldades para entender o racismo estrutural na escola, porque entendia que era um lugar progressista e pronto. Mas não adianta ser progressista e não ser antirracista”, diz Evie.

O racismo estrutural é um termo usado para se referir ao alcance da discriminação racial em várias esferas, por meio de práticas conscientes ou inconscientes, que acaba estruturando a sociedade — como no acesso à educação, à saúde, a cargos de poder, entre outros. No Brasil, e em inúmeros países, essa estrutura desigual costuma favorecer os brancos.

Um dos pontos que preocupava a advogada no Equipe era a “pouca atenção a um currículo afrocentrado.”

A ausência de história afro-brasileira era uma das principais preocupações da advogada.

“Isso me preocupou porque esperava que a escola do meu filho fosse estruturada para cumprir a Lei 10.639, que obriga as escolas a redirecionarem o currículo para uma educação antirracista”, afirma.

Essa Lei, criada em 2003, determina a inclusão da história e da cultura afro-brasileira nos currículos de todas as escolas públicas e privadas do Brasil.

No entanto, são comuns relatos de unidades que não seguem à risca esse tipo de ensino.

“Na minha época, não estudei nenhum herói negro, e isso é algo muito importante para o letramento racial [aprendizado sobre a raça]. Hoje em dia isso é uma obrigação”, comenta a advogada.

“Como vou me sentir inserida em uma escola que não fala sobre meus antepassados.”

Mesmo na Bahia, Estado com o maior número de pessoas negras no Brasil, ela se sentia diferente em locais da elite, predominados por pessoas brancas ou pardas de pele clara.

“A elite baiana é branca ou parda, em um tom de pele que, a depender do ambiente, é embranquecido”, diz.

“Nesses ambientes, vivi violência raciais que não eram nomeadas na época, como os olhares em minha direção e a forma como era tratada em algumas situações.”

Comissão antirracismo é fundamental para alunos negros em ambiente predominado por brancos, diz advogada. Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A advogada afirma que essa sensação de desconforto a acompanhou ao longo da vida.

“Logo no começo da minha carreira, lá por 2006, quando entrei no mundo corporativo, era muito desconfortável”, afirma.

“Havia muitas piadas com meu cabelo, às vezes havia falas racistas que passavam despercebidas, eram coisas muito chocantes.”

Entre os episódios de racismo que mais a marcaram ao longo da vida está uma vez em que estava em um táxi com a irmã e o veículo foi parado pela polícia.

“Estávamos com malas quando a polícia fez uma abordagem violenta e apontou uma metralhadora para a gente”, diz, sobre a situação que ocorreu no início dos anos 2000.

“Nenhuma amiga minha branca teria passado por algo semelhante. Aquilo foi racismo.”

Outro episódio marcante para ela foi quando questionaram se ela era babá do próprio filho.

“Meu filho tem a pele mais clara, e eu fui confundida como babá dele por duas vezes, uma vez por algumas crianças e outra por uma pessoa adulta.”

Atualmente, ela diz que fica atenta às falas e faz apontamentos quando há algum comentário de cunho racista.

Foto: GETTY IMAGES / BBC News Brasil

Como funciona uma comissão antirracista

Evie acredita que as marcas da infância e do começo da vida adulta foram sendo elaboradas e nomeadas como racismo com o passar dos anos, principalmente após se tornar mãe.

Ela diz que o filho, que é pardo de pele clara, nunca sofreu racismo na escola e teve poucos episódios assim fora do ambiente escolar.

Mas tudo o que Evie enfrentou e viu amigos passarem fez com que ela entendesse a importância da adoção de medidas focadas no combate ao racismo.

Aos poucos, a escola atendeu aos pedidos da comissão, que hoje tem quase 130 pais e faz reuniões presenciais todos os meses – além de ter um grupo de WhatsApp para conversar sobre o combate ao racismo.

“A gente pressiona a escola (por questões antirracistas), faz eventos e reuniões sobre o tema. Avançou bastante, mas sabemos que ainda tem muito chão”, comenta.

Entre as mudanças na escola, diz a advogada, estão o aumento de negros em cargos como professores ou coordenadores, além da concessão de bolsa a alguns alunos negros de baixa renda do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

“Com essas medidas, os alunos negros passaram se sentir mais empoderados e até criaram um coletivo entre eles, em que discutem ações antirracistas”, comenta a advogada.

O colégio não tem, por enquanto, um censo sobre quantos alunos ou professores são negros.

Evie diz que considera esse dado como fundamental para debater políticas sociais e espera que esse seja levantado pela escola em breve.

Em nota, o colégio Equipe diz que desde a sua fundação se compromete a atuar “na construção de uma sociedade democrática”.

Afirma que tem, entre suas medidas o enfrentamento ao “racismo estrutural da nossa sociedade” e que por isso está “comprometido com a educação antirracista tanto no seu currículo, como em suas ações institucionais”.

O colégio diz ainda que tem se dedicado a ampliar os estudos da história e da cultura africana e afro-brasileira.

“Para além dos estudos em salas de aula, temos desenvolvido ações práticas por meio dos trabalhos de campo, grupos de estudos e projetos sociais, em que nossos estudantes entram em contato com lideranças negras e indígenas e vivenciam aspectos fundamentais de suas culturas”, afirma a instituição em nota.

A escola diz também que tem buscado ampliar a presença de professores negros, “dando prioridade a estes profissionais em contratações.”

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Criado para regular terras, Iterj tem sido usado para reformas em praças em nome da família de político casado com diretora do instituto https://radioyoruba.com.br/2024/04/24/criado-para-regular-terras-iterj-tem-sido-usado-para-reformas-em-pracas-em-nome-da-familia-de-politico-casado-com-diretora-do-instituto/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/24/criado-para-regular-terras-iterj-tem-sido-usado-para-reformas-em-pracas-em-nome-da-familia-de-politico-casado-com-diretora-do-instituto/#respond Wed, 24 Apr 2024 23:54:09 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13289 Mariana Felippe é diretora do Instituto de Terras e Cartografia e é casada com o deputado estadual Jorge Felippe Neto (Avante). O nome do deputado, de seu avô, o vereador Jorge Felippe, e dos pais dele aparecem nas praças reformadas. Por Anita Prado, Gabriel Barreira, RJ2 Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio […]

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Mariana Felippe é diretora do Instituto de Terras e Cartografia e é casada com o deputado estadual Jorge Felippe Neto (Avante). O nome do deputado, de seu avô, o vereador Jorge Felippe, e dos pais dele aparecem nas praças reformadas.
Por Anita Prado, Gabriel Barreira, RJ2

Criado para regular terras, Iterj tem sido usado para reformas em praças em nome da família de político casado com diretora do instituto — Foto: Reprodução TV Globo

Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj), órgão criado para tratar da regularização de terras em todo o estado, vem sendo utilizado para financiar reformas em praças públicas do bairro Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A região é reduto político do deputado Jorge Felippe Neto (Avante), que é casado com uma diretora do instituto.

Mariana Felippe, diretora de regularização do Iterj, autorizou investimentos do órgão para reformar praças em Campo Grande. Todos os locais foram batizados com nomes de membros da família do político.

Em uma das praças, a placa que fica exposta no local leva o nome do próprio marido de Mariana, o deputado estadual Jorge Felippe Neto. No dia da inauguração, uma faixa também estampava o nome da avó do parlamentar, o vereador Jorge Felippe (Avante).

Outra praça reformada pelo Iterj leva o nome da mãe de Jorge Felippe. Em outra, a homenagem foi feita ao pai do vereador. Em uma imagem de divulgação, os próprios funcionários do Iterj seguram uma faixa de agradecimento aos políticos da família Felippe.

Segundo André Saddy, professor de Direito da UFF e PUC-Rio, a promoção pessoal é irregular.

“A constituição veda qualquer espécie de promoção pessoal por parte de agentes públicos, seja do Poder Executivo ou do Poder Legislativo. O Poder Legislativo não pode usar de uma emenda parlamentar para render dividendos políticos pra si. Isso viola o princípio da moralidade administrativa e da impessoalidade”, disse André Saddy.

O nome do vereador Jorge Felippe também aparece nas praças reformadas. — Foto: Reprodução TV Globo

Pra realizar as obras, o Iterj contratou a construtora Ômega. Os dois contratos totalizam quase R$ 30 milhões. Um dos sócios da empresa, Márcio Freitas de Oliveira, que é alvo da Polícia Federal.

Uma empresa ligada a ele, segundo a PF, vendeu equipamentos e insumos em plena pandemia de Covid para o município de Duque de Caxias. Contudo, a empresa não tinha sede e era de fachada, de acordo com a investigação.

Suspeita de desvio de função
O Iterj é responsável pela regularização fundiária no estado do Rio de Janeiro. Ou seja, o órgão é responsável por legalizar moradias para pessoas de baixa renda. Obras em praças não fazem parte da atribuição do instituto.

Contudo, as licitações do Iterj para essas reformas nas praças surgiram no fim de 2021. A data coincide com a chegada de Mariana Felippe ao instituto.

No ano seguinte, em um documento interno, o próprio instituto admitiu que sua principal função não tinha sido exercida com êxito.

“A maior prioridade do Iterj em 2022 foi a outorga de instrumentos de regularização fundiária. No entanto, o desempenho ficou aquém do esperado”, dizia o documento interno.

O deputado Jorge Felippe Neto, que aparece na placa exposta na praça reformada, foi condenado na última eleição por propaganda eleitoral antecipada. Na ocasião, ele foi punido por ter o nome colocado em faixas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que Jorge Felippe Neto fez propaganda irregular, por meio de propaganda em cinco faixas afixadas em postes públicos no bairro de Campo Grande.

O que dizem os citados
Em nota, o Iterj declarou que atua dentro das leis federais e estaduais e vai além da entrega da titularidade das terras.

Sobre a empresa, o instituto informou que foi feita licitação e não foi encontrado qualquer impedimento.

A reportagem procurou o vereador Jorge Felippe e o deputado Jorge Felippe Neto na Câmara e na Alerj, mas eles não quiseram gravar entrevista.

Também em nota, o deputado informou que não tem qualquer ingerência nas ações dos órgãos estaduais, mas ressaltou que é papel do parlamentar levar demandas da população ao poder executivo.

Já o vereador Jorge Felippe informou que é papel do legislativo levar ao executivo o pleito da população.

Os representantes da empresa ômega não respondeu aos contatos feitos pelo RJ2.

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Destrave Arquivos Teimosos com Facilidade https://radioyoruba.com.br/2024/04/22/destrave-arquivos-teimosos-com-facilidade/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/22/destrave-arquivos-teimosos-com-facilidade/#respond Mon, 22 Apr 2024 11:34:36 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13285 Mais do que Destravar Arquivos Com “Destravar e Deletar”,” Destravar e Renomear”, “Destravar e Mover” e “Destravar e Copiar”, IObit Unlocker oferece maneiras mais fáceis de destravar e gerenciar seus arquivos e pastas para mantê-los seguros e disponíveis. Mais do que Destravar Arquivos Com “Destravar e Deletar”, ” Destravar e Renomear”, “Destravar e Mover” e […]

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Governo abafa escândalo da agressão do filho de Lula à ex-mulher https://radioyoruba.com.br/2024/04/07/governo-abafa-escandalo-da-agressao-do-filho-de-lula-a-ex-mulher/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/07/governo-abafa-escandalo-da-agressao-do-filho-de-lula-a-ex-mulher/#respond Sun, 07 Apr 2024 18:55:18 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13279   O Planalto age fortemente para abafar a denúncia da médica Natália Schincariol à polícia contra Luís Cláudio, filho mais novo de Lula, por continuadas agressões físicas e morais. A omissão vergonhosa inclui parte da imprensa, em geral intolerante contra casos enquadrados na Lei Maria da Penha. Não houve qualquer reação oficial. Ministros da Mulher, […]

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Lula com o filho Luís Cláudio, acusado de agressão pela ex-companheira

O Planalto age fortemente para abafar a denúncia da médica Natália Schincariol à polícia contra Luís Cláudio, filho mais novo de Lula, por continuadas agressões físicas e morais. A omissão vergonhosa inclui parte da imprensa, em geral intolerante contra casos enquadrados na Lei Maria da Penha. Não houve qualquer reação oficial. Ministros da Mulher, da Justiça ou dos Direitos Humanos e nem a Presidência divulgaram frase, sequer nota, nem repudiaram o denunciado agressor de mulher.

Fonte:

CLÁUDIO HUMBERTO
PODER, POLÍTICA E BASTIDORES Com Tiago Vasconcelos e Rodrigo Vilela

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Anvisa libera vacina para prevenir bronquiolite em bebês https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/anvisa-libera-vacina-para-prevenir-bronquiolite-em-bebes/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/anvisa-libera-vacina-para-prevenir-bronquiolite-em-bebes/#respond Tue, 02 Apr 2024 13:26:11 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13272 Uma nova vacina para prevenir a bronquiolite em bebês foi liberada no Brasil pela Anvisa. É a Abrysvo, da empresa Pfizer, que combate o vírus sincicial respiratório. A bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que pode afetar com gravidade crianças pequenas e bebês. O imunizante é indicado para crianças desde o nascimento até os 6 […]

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Foto arquivo

Uma nova vacina para prevenir a bronquiolite em bebês foi liberada no Brasil pela Anvisa. É a Abrysvo, da empresa Pfizer, que combate o vírus sincicial respiratório.

A bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que pode afetar com gravidade crianças pequenas e bebês.

O imunizante é indicado para crianças desde o nascimento até os 6 meses de idade. Mas, a vacina não é aplicada diretamente no bebê, é feita na mãe, no segundo ou terceiro trimestre da gestação.

O vice-presidente de Imunização da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Renato Kfouri, diz que a vacina se junta a outra que oferece anticorpos prontos diretamente para o bebê. As duas com eficiência acima de 80%. “Os dois têm mostrado nos estudos que permitiram o licenciamento de eficácia na prevenção, especialmente das formas graves pelo vírus essencial, muito boa. Acima de 80%”.

Segundo Renato Kfouri, a bronquiolite é uma das principais causas de hospitalização em crianças no primeiro ano de vida e 80% dos casos são causados pelo vírus sincicial respiratório. “Reduzir a carga da doença por VSR significa proteger estas crianças de hospitalização, de visitas aos serviços de emergência, de uso de antibióticos. E mais do que isso, o impacto do VSR muitas vezes se dá e não só na fase aguda, mas a longo prazo. Crianças infectadas precocemente muitas vezes desenvolvem uma sibilância, um chiado recorrente”.

 

De acordo com a Anvisa, foram observados efeitos colaterais como dor no local da vacinação, dor de cabeça e muscular. As evidências, no entanto, mostraram que os benefícios da vacina são maiores que os riscos.

Fonte: Agência Brasil

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O que é El Niño, porque as temperaturas ficarão elevedas? https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/o-que-e-el-nino-porque-as-temperaturas-ficarao-elevedas/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/o-que-e-el-nino-porque-as-temperaturas-ficarao-elevedas/#respond Tue, 02 Apr 2024 13:01:50 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13266 “O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano. Com a modificação do […]

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REUTERS/William Putman/NASA/Goddard (UNITED STATES

“O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano.

Com a modificação do padrão de circulação atmosférica sobre o Pacífico, o El Niño é responsável por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta.

Mas, o Instituto Nacional de Meteorologia informa que, como as águas do Oceano Pacífico aquecidas, o fenômeno El Niño ainda vai atuar no clima do país neste mês de abril. Isso quer dizer que será um período de escassez de chuva em algumas regiões; e índices acima da média em outras.

Justamente devido ao fenômeno, a temperatura segue acima da média para os 3 estados da Região Sul do país. Mas com o calor, estão previstas chuvas acima da média. Segundo o Inmet, não estão descartadas frentes frias e chuvas mais intensas, que podem causar transtornos.

Também estão previstos volumes de chuvas acima da média para o Sudeste e o centro-norte de Mato Grosso do Sul.

No Sudeste, nas áreas de menor altitude, haverá dias com picos de calor, mas sem as ondas intensas de aumento de temperatura que aconteceram no verão.

No Espírito Santo, onde as fortes chuvas das últimas semanas deixaram 13 municípios em emergência, com mais de 11 mil e seiscentas pessoas desalojadas e ao menos 20 mortos, o mês de abril deve ter indícios pluviométricos menos intensos.

O sistema de previsão do Inmet para o mês de abril indica tendência de chuva acima ou próxima da média na parte oeste da Região Norte, principalmente no sul do Amazonas, Rondônia, sul do Pará e Tocantins.

Para o estado de Roraima, que sofre com a escassez de chuva desde outubro do ano passado, com 14 dos 15 municípios em situação de emergência por causa da seca, a previsão é que os índices pluviométricos comecem a melhorar. Primeiro na parte sul do estado, avançando ao longo de abril para a região norte roraimense. A previsão é que neste mês chova entre 180 e 200 milímetros.

Nas regiões Norte e Nordeste as temperaturas vão ultrapassar os 26ºC em praticamente todos os dias de abril.

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Servidores da educação começam greve na quarta-feira https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/servidores-da-educacao-comecam-greve-na-quarta-feira/ https://radioyoruba.com.br/2024/04/02/servidores-da-educacao-comecam-greve-na-quarta-feira/#respond Tue, 02 Apr 2024 08:52:49 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13261 Servidores da educação básica e técnica federal vão começar uma greve nacional, por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (3). O Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – afirma que o movimento tem adesão de 230 unidades de ensino em 18 estados. O sindicato afirma que a greve vai incluir professores […]

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Servidores da educação básica e técnica federal vão começar uma greve nacional, por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (3).

Foto Arquivo

O Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – afirma que o movimento tem adesão de 230 unidades de ensino em 18 estados.

O sindicato afirma que a greve vai incluir professores e funcionários técnicos-administrativos dos institutos federais, Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos e Instituto Benjamin Constant.

Os trabalhadores pedem recomposição salarial da inflação dos últimos anos, que varia de 22% a 34%, reestruturação das carreiras e revogação de normas aprovadas pelos governos anteriores. A proposta do governo federal é de reajuste de 9% dividido em dois anos: 2025 e 2026. Dessa forma, não haverá aumento neste ano.

Lucas Barbosa, coordenador geral do Sinasefe em Brasília defende uma carreira mais atrativa aos servidores.

Já os servidores técnico-administrativos das universidades federais começaram uma greve também por reajuste salarial no dia 11 de março. Já os professores dessas universidades têm indicativo de paralisação marcado para o dia 15 de abril.

Nessa quarta-feira também ocorre um dia nacional de paralisação de todos os servidores públicos federais, contra a proposta de reajuste zero do governo.

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou que no ano passado foi concedido reajuste linear em 9% para os servidores, sendo o primeiro dos últimos 8 anos.

Como parte desse processo, a pasta disse que foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras, como a dos trabalhadores da educação federal, e que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas.

Informações: Agencia Brasil

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