Arquivo de Musica - Rádio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/category/musicas/ Emissora de Radio e TV Fri, 11 Apr 2025 11:20:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://radioyoruba.com.br/wp-content/uploads/2024/10/cropped-LOGO_RADIO_YORUBA_500-32x32.png Arquivo de Musica - Rádio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/category/musicas/ 32 32 Em crise, Correios gastaram R$ 38 milhões em patrocínios no governo Lula https://radioyoruba.com.br/2025/04/11/em-crise-correios-gastaram-r-38-milhoes-em-patrocinios-no-governo-lula/ https://radioyoruba.com.br/2025/04/11/em-crise-correios-gastaram-r-38-milhoes-em-patrocinios-no-governo-lula/#respond Fri, 11 Apr 2025 11:20:54 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=17511 Estatal desembolsou R$ 6 milhões para exibir sua marca no Lollapalooza e R$ 4 milhões de reais na turnê ‘Tempo Rei’, de Gilberto Gil Afundados em uma crise financeira, os Correios já gastaram 38,4 milhões de reais em patrocínios neste terceiro governo Lula, incluindo 6 milhões de reais para o festival Lollapalooza e 4 milhões […]

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Estatal desembolsou R$ 6 milhões para exibir sua marca no Lollapalooza e R$ 4 milhões de reais na turnê ‘Tempo Rei’, de Gilberto Gil

Gilberto Gil, de antigas ligações a Lula e ao PT: direito a selo e faturamento de R$4 milhões -Foto: Agência Gov.

Afundados em uma crise financeira, os Correios já gastaram 38,4 milhões de reais em patrocínios neste terceiro governo Lula, incluindo 6 milhões de reais para o festival Lollapalooza e 4 milhões de reais para a turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, desembolsados no ano passado.

Segundo a estatal, o contrato com o Lollapalooza buscou fortalecer a “imagem de inovação junto a um público jovem, que não teve tanta experiência com a empresa”, com potencial de “agregar valor à marca, possibilitando associar sua marca a um dos maiores eventos de música do país e do mundo”.

Com o patrocínio aos shows de Gilberto Gil, por sua vez, a empresa afirma querer “agregar valor à sua marca considerando se tratar da última turnê do artista, (com a) expectativa que a mesma atraia a atenção de um público estimado em aproximadamente 800.000 pessoas em shows realizados no Brasil, Europa e Estados Unidos”.

Os Correios são comandados desde agosto de 2023 pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, ligado ao Grupo Prerrogativas. Formalmente, a indicação para o cargo partiu do , e o mandato atual do executivo vai até 6 de agosto de 2025.

Em resposta ao Radar, os Correios afirmaram que a atual gestão trabalha para “reposicionar” a marca da estatal por meio de patrocínio de negócios, esportivos e culturais depois de o ter “zerado” o investimento nessa área como parte de um processo de privatização, revertido pelo presidente Lula.

A estatal registrou déficit de 3,2 bilhões de reais no ano passado e não faz repasses para a Postal Saúde desde novembro, deixando um rombo de 400 milhões de reais na operadora de autogestão em saúde. Vários hospitais pararam de atender os planos de funcionários da empresa.

Em 2023, os Correios direcionaram 3,3 milhões de reais para patrocínios, incluindo 400.000 reais para a apresentação dos bois Caprichoso e Garantido, no Festival de Parintins, no Amazonas, 500.000 reais para a, no Amazonas, 500.000 reais para a Orquestra Criança Cidadã, em Pernambuco, e 350.000 reais no Festival Coma, em Brasília.

Fachada Agencia dos Correios .

Esse tipo de despesa disparou no ano passado, chegando a 33,8 milhões de reais. Além do Lollapalooza e da turnê de Gilberto Gil, a estatal fechou contratos de 4,5 milhões de reais com a Confederação Brasileira de Ginástica, 3 milhões de reais com os jogos universitários em todo o país e 2 milhões de reais com a feira de design Casa Brasil.

Ainda em 2024, os Correios também desembolsaram, entre outros contratos, 1,9 milhão de reais para exibir sua marca no Funn Festival, em Brasília, e 1 milhão de reais para patrocinar a festa de São João organizada pelo governo do Maranhão.

A estatal justifica a maioria dos patrocínios classificando-os como “projetos planejados” em seus planos anuais de comunicação, voltados a “posicionar os Correios como empresa concorrencial e sustentável, que possui importante papel de integração do Brasil e de inclusão de todos os brasileiros, por meio de sua ampla presença no território nacional e de seu amplo portfólio de produtos e serviços”.

Já em 2025, o único patrocínio divulgado pela empresa até o momento foi um repasse de 1,3 milhão de reais ao Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas 2025 com o presidente Lula, justificado, segundo os Correios, “pela oportunidade de ampliação do alcance de seu público-alvo, ao mesmo tempo que fortalece sua imagem e relevância no cenário nacional”.

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Fogos de Copacabana terão 35 mil disparos e sincronia ao som de ‘Evidências’ https://radioyoruba.com.br/2024/12/31/fogos-de-copacabana-terao-35-mil-disparos-sincronia-ao-som-de-evidencias/ https://radioyoruba.com.br/2024/12/31/fogos-de-copacabana-terao-35-mil-disparos-sincronia-ao-som-de-evidencias/#respond Tue, 31 Dec 2024 13:15:18 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=17421 Os primeiros segundos da trilha sonora que vai acompanhar os espocar no céu terá canções mixadas de Lady Gaga, Madonna e da banda Coldplay. Quem estiver em Copacabana, na Zona Sul do Rio, durante a noite da virada — no “Maior Réveillon do Mundo’’ — terá o privilégio de ver 35 mil disparos pirotécnicos em […]

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Os primeiros segundos da trilha sonora que vai acompanhar os espocar no céu terá canções mixadas de Lady Gaga, Madonna e da banda Coldplay.

Quem estiver em Copacabana, na Zona Sul do Rio, durante a noite da virada — no “Maior Réveillon do Mundo’’ — terá o privilégio de ver 35 mil disparos pirotécnicos em 12 minutos, sincronizados com música e disparados de 10 balsas que serão ancoradas na orla da Princesinha do Mar.

Na manhã desta segunda-feira (30), as embarcações — com mais de 15 toneladas de fogos de artifício — passarão por uma inspeção. As estruturas serão levadas para Copacabana na manhã desta terça (31).

Segundo a Prefeitura do Rio, equipamentos com conexão via GPS garantirão que cada balsa dispare os fogos com precisão, sincronizados em tempo real.

As bombas são preparadas para explodir em três alturas distintas: entre 50 e 60 metros; entre 120 e 150 metros; e entre 180 e 210 metros, para evitar o acúmulo de fumaça. A sequência das detonações foi desenvolvida e simulada com o auxílio de um software de ponta chamado Finale 3D.

Só Copacabana — onde haverá três palcos, um deles para música gospel, algo inédito — deve atrair 2,5 milhões de pessoas.

A trilha sonora que vai acompanhar o espoucar no céu terá canções mixadas de Lady Gaga, Madonna e Coldplay, mas com espaço ainda para “Evidências”, um dos maiores sucessos de Chitãozinho e Xororó.

Caetano e Bethânia, Ivete Sangalo e Anitta
No palco principal, em frente ao Copacabana Palace, Caetano Veloso e Maria Bethânia abrem a noite em alto nível.

Ivete Sangalo segue para fazer a festa e, logo depois dos fogos, Anitta, toda preparada no funk, fará o público dançar. A Unidos do Viradouro fechará a maratona. No palco Samba (Rua República do Peru), Dudu Nobre e Pretinho da Serrinha estão entre as atrações.

Um pouco antes da contagem regressiva para 2025, haverá um manifesto, que será exibido no telão do palco principal, criando um momento de reflexão, com duração de um minuto.

Conforme a Riotur, o espetáculo de fogos do Rio Réveillon 2024/2025 segue todas as recomendações e legalizações dos órgãos competentes.

Os fogos de artifícios utilizados são de baixo ruído, sem estampidos, com explosões abaixo de 120 decibeis e distanciamento seguindo todas as normas de segurança, assim como regulamenta o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 22-A/2018.

Ao todo, 6 cruzeiros, que já foram inspecionados, vão acompanhar o espetáculo em alto mar.

Fonte globo.com

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Morre a cantora Diana, do sucesso ‘Porque Brigamos’ https://radioyoruba.com.br/2024/08/22/morre-a-cantora-diana-do-sucesso-porque-brigamos/ https://radioyoruba.com.br/2024/08/22/morre-a-cantora-diana-do-sucesso-porque-brigamos/#respond Thu, 22 Aug 2024 12:52:36 +0000 https://site.tvraman.com.br/?p=15006 Morreu na madrugada desta quarta-feira, 21, a cantora Diana. Ela ficou conhecida pelo grande público pela gravação da balada Porque Brigamos, uma versão de I Am.. I Said…, de Neil Diamond, lançada em 1972. Do mesmo álbum, batizado apenas de Diana, outra música chegou às paradas musicas, Ainda Queima a Esperança, assinada por Raul Seixas […]

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Morreu na madrugada desta quarta-feira, 21, a cantora Diana. Ela ficou conhecida pelo grande público pela gravação da balada Porque Brigamos, uma versão de I Am.. I Said…, de Neil Diamond, lançada em 1972. Do mesmo álbum, batizado apenas de Diana, outra música chegou às paradas musicas, Ainda Queima a Esperança, assinada por Raul Seixas e Mauro Motta.

A notícia da morte de Diana, cujo nome de batismo era Ana Maria Siqueira Iorio, foi confirmada pelo seu filho, André Iorio, nas redes sociais. A cantora, de 76 anos, segundo Iorio, foi encontrada sem vida nas primeiras horas desta quarta-feira. Moradora da cidade de Araruama, no Rio de Janeiro, a cantora chegou a ser levada para um pronto-atendimento de Iguaba Grande, cidade vizinha, mas as manobras de reanimação não surtiram efeito.

“Vou sentir muita saudade de você. Das suas brigas, da sua genialidade forte, das suas conversas, e das suas aventuras de shows pelo Nordeste, onde você se apresentava para o povo do Brasil”, escreveu Iorio em sua conta no Facebook.

Apontada como a versão feminina de Roberto Carlos pelo repertório romântico, Diana, no auge da carreira, fazia shows que duravam 2h30. Ela foi casada com o cantor e compositor Odair José, com quem fez a canção Foi tudo culpa do amor, lançada em 1974. A letra da música fazia referência às constantes brigas do casal, que quase sempre se tornavam públicas.

A partir dos anos 1980, Diana perdeu espaço na grande mídia, apesar de continuar a fazer shows. Em 2013, a cantora Bárbara Eugênia regravou a canção Porque Brigamos. Ela e Diana se encontraram para a gravação de um clipe juntas, promovida pelo jornal Folha de São Paulo. A cantora Marília Mendonça também regravou a canção ao lado da dupla Maraia & Maraísa no projeto As Patroas.

 

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Pioneiro do samba, compositor e percussionista extraordinário: conheça a história de João da Baiana https://radioyoruba.com.br/2024/01/17/pioneiro-do-samba-compositor-e-percussionista-extraordinario-conheca-a-historia-de-joao-da-baiana/ https://radioyoruba.com.br/2024/01/17/pioneiro-do-samba-compositor-e-percussionista-extraordinario-conheca-a-historia-de-joao-da-baiana/#respond Wed, 17 Jan 2024 13:21:40 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=12984 Além dos pandeiros, sua especialidade eram o prato e a faca, como instrumentos da tradição do samba João Machado Guedes, conhecido como João da Baiana, foi um compositor popular, cantor, passista e instrumentista brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro em 1887 e é considerado um dos pioneiros do samba. Nesta sexta-feira (12), são completados […]

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Além dos pandeiros, sua especialidade eram o prato e a faca, como instrumentos da tradição do samba

João Machado Guedes, conhecido como João da Baiana, foi um compositor popular, cantor, passista e instrumentista brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro em 1887 e é considerado um dos pioneiros do samba. Nesta sexta-feira (12), são completados os 50 anos de sua morte. Filho de Félix José Guedes e Perciliana Maria Constança, João era o caçula e único carioca de 12 irmãos.

O nome João da Baiana veio do fato de sua mãe ser conhecida como Baiana. Nascido na zona portuária, ele cresceu na Rua Senador Pompeu, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, e foi amigo de infância dos compositores Donga e Heitor dos Prazeres.

“João da Baiana foi do grupo de Pixinguinha Os Oito Batutas. Só que ele não viajou para a Europa [com o grupo], em 1922, porque tinha um emprego fixo. Era funcionário público da Marinha e não foi para a França”, lembrou, em entrevista nessa quarta-feira (10) à Agência Brasil o também compositor, radialista, apresentador e estudioso das questões afro-brasileiras Rubem Confete.

Segundo Confete, João da Baiana era um percussionista extraordinário. “Tocava o pandeiro adufe [pandeiro quadrado], quase um tamborzinho. E ele tocava com uma precisão incrível. Parecia que tinha uma bateria na frente dele.”

Como todo negro àquela época, João da Baiana chegou a ser perseguido pela polícia por vadiagem. Por isso, o senador Pinheiro Machado autografou o pandeiro de João e lhe disse que, quando a polícia chegasse e pedisse documento, que ele mostrasse o autógrafo. “Era um cara incrível o João. Trabalhou na Rádio Nacional, onde fez muitos programas. Era uma pessoa gentil; ia para o 22º andar [do prédio da rádio] e distribuía balas para as crianças; ficava conversando.”

Percussão no choro

Rubem Confete destacou que João da Baiana teve importância fundamental para o choro porque, antes, este gênero musical não tinha instrumento de percussão. “Era violão, cavaquinho, flauta, mas percussão, não. Ele, se não for o primeiro, é um dos introdutores da percussão no choro. Deu um outro sentido, outro balanço para o choro.”

João compunha também, transmitindo a realidade de seu povo àquela época. São exemplos as músicas Batuque na Cozinha e Cabide de Molambo. “O que estava acontecendo com o povo preto daquela época. Ele é quase da época da abolição da escravatura. Era uma outra realidade, com a Lei Áurea recém-assinada. Uma realidade bastante miserável, mas com muita festa.” As duas músicas foram lançadas por João da Baiana em 1968, durante a gravação do LP Gente da Antiga, com Pixinguinha e Clementina de Jesus.

As músicas foram regravadas posteriormente por Martinho da Vila. “Ele [João] foi até o final junto com Pixinguinha e Donga”. No fim da vida, retirou-se para a Casa dos Artistas, no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, vindo a falecer em 1974, aos 87 anos.

Rubem Confete recordou a elegância de João da Baiana. Usava um chapéu gelot, de estilo europeu, paletó do tipo jaquetão, gravata bordô com laço, calça risca de giz preto e branco e sapato de duas cores. “Ele se vestia de maneira elegante. Ficava ali no Largo de São Francisco da Prainha e cumprimentava a todos”. Rubem Confete conheceu João da Baiana entre 1952 e 1953. “Ele estava lá. Foi a primeira grande figura que eu conheci da Pedra do Sal; já era funcionário da Marinha e fazia trabalhos na Rádio Nacional.” Martinho da Vila deu uma recuperada nas músicas de João. “Para a turma nova, a composição era do Martinho, mas ele disse logo: ‘não é minha. É do João da Baiana’.”

Ranchos

Quando criança, João frequentou rodas de samba e macumba que eram realizadas clandestinamente nos terreiros cariocas. Entre os 8 e os 10 anos de idade, participou de algumas das primeiras agremiações carnavalescas, chamadas ranchos, como porta-machado (figurante que abria os desfiles), no Rancho Dois de Ouro e no Rancho da Pedra do Sal. Nessa função, já empunhava o pandeiro, que aprendeu a tocar com sua mãe. A partir de 1923, passou a compor músicas e a gravar em programas de rádio. Sua primeira composição foi Pelo Amor da Mulata, seguindo-se Mulher Cruel, em parceria com Donga e Pixinguinha, e ainda Pedindo Vingança e O Futuro é uma Caveira. Em 1928, foi contratado como ritmista.

Além dos pandeiros, sua especialidade eram o prato e a faca, como instrumentos da tradição do samba, populares nas gravações da época. Integrou alguns dos pioneiros grupos profissionais de samba, como o Conjunto dos Moles, os grupos do Louro, da Guarda Velha e Diabos do Céu. Em 1940, participou da gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio Uruguai, para o disco Native Brazilian Music, do maestro Leopold Stokowski, com sua música Ke-ke-re-ké. Na década de 1950, voltou a se apresentar nos shows do Grupo da Velha Guarda, organizados por Almirante, e continuou compondo até a década de 1970.

Atualmente, alguns pertences do músico integram o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, entre os quais estão o prato e a faca, instrumentos que o consagraram.

Depoimento

De acordo com o Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, em depoimento prestado ao Museu de Imagem e de Som (MIS), João recordou que na época, o pandeiro era só usado em orquestras. “No samba, quem introduziu fui eu mesmo. Isto mais ou menos quando eu tinha 8 anos de idade e era porta-machado no Dois de Ouro e no Pedra do Sal. Até então, nas agremiações só tinha tamborim e assim mesmo era tamborim grande e de cabo. O pandeiro não era igual ao atual. O dessa época era bem maior.”

Em 1966, após seu nome ter sido escolhido por unanimidade pelo Conselho Superior de Música Popular Brasileira do MIS, foi convidado por Ricardo Cravo Albin para dar o primeiro depoimento sobre o equipamento. Seu histórico depoimento teve grande repercussão na imprensa e inaugurou, junto à mídia, o próprio museu, até então desconhecido.

Em 2011, em convênio com o Instituto Cultural Cravo Albin, foi lançada pelo selo Discobertas a caixa 100 anos de música popular brasileira. No volume 1 está incluída a gravação do samba Cabide de Molambo, de João da Baiana, na voz de Paulo Tapajós.

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Rainha do pífano: conheça Zabé da Loca, artista que completaria 100 anos em 2024 https://radioyoruba.com.br/2024/01/17/rainha-do-pifano-conheca-zabe-da-loca-artista-que-completaria-100-anos-em-2024/ https://radioyoruba.com.br/2024/01/17/rainha-do-pifano-conheca-zabe-da-loca-artista-que-completaria-100-anos-em-2024/#respond Wed, 17 Jan 2024 12:57:49 +0000 https://site.tvraman.com.br/?p=13509 Artista foi reconhecida apenas aos 79 anos e é expressão da cultura paraibana Nascida em 12 de janeiro de 1924, em Buíque (PE), Isabel Marques da Silva, conhecida como Zabé da Loca, completaria 100 anos nesta sexta-feira (12). O apelido vem por ter morado por mais de 25 anos em uma loca de pedra (pequena […]

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Artista foi reconhecida apenas aos 79 anos e é expressão da cultura paraibana

Isabel Marques da Silva, a Zabé da Loca, tocando pife. – Divulgação

Nascida em 12 de janeiro de 1924, em Buíque (PE), Isabel Marques da Silva, conhecida como Zabé da Loca, completaria 100 anos nesta sexta-feira (12). O apelido vem por ter morado por mais de 25 anos em uma loca de pedra (pequena gruta), na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano.

Pifeira e compositora, Zabé da Loca aprendeu a tocar ainda criança e foi descoberta aos 79 anos pelo Projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 2003. Com a saúde debilitada e já havia alguns anos diagnosticada com Alzheimer, Zabé faleceu de causas naturais no dia 5 de agosto de 2017, aos 93 anos, em Monteiro.

Rainha do Pífano, Zabé gravou, no final da década de 1990, Da Idade da Pedra, seu primeiro CD. Em 2003, foi a vez de Cantos do Semiárido, com músicas de sua autoria e uma versão de Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Nesse ano, foi morar em uma casa no Assentamento Santa Catarina, em Monteiro, lugar que hoje funciona a Associação Cultural Zabé da Loca.

Zabé da Loca e sua banda. / Foto: Ricardo Peixoto, 1997. Reprodução.

Em 2004, em São Paulo, Zabé da Loca se apresentou com o multi-instrumentista Hermeto Pascoal, no Fórum Cultural Mundial. Em 2007, gravou o CD Bom Todo. A direção de Da Idade da Pedra e de Bom Todo foi feita pelo músico Rivers Douglas, participante da banda Pife Perfumado.

Zabé da Loca é um símbolo de resistência da cultura nordestina. “Tocar as músicas que Zabé tocava é sempre se tocar e se encantar”, relembra Rivers ao falar sobre a importância de manter viva a memória da pifeira e de como foi ter a experiência de compor e tocar com a artista.

Em sua rede social, Rivers exalta a importância de Zabé. Ele conta que “iríamos ter uma apresentação da Banda de Zabé da Loca no Lima Penante, em João Pessoa; e show de Escurinho e Labacê, isso lá em meados dos anos 90…também estavam hospedados uns artistas de Brasília do Celeiro das Antas, no dia seguinte, depois do café estávamos batendo papo com Zabé, mestre Livino, e uma garota perguntou: Zabé de onde vem sua inspiração, sua música?…Zabé levantou as mãos e disse “a música está aqui!”.

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Projeto Orin Ibukun – Canção Abençoada desembarca em São Paulo no último domingo (23) https://radioyoruba.com.br/2022/10/25/projeto-orin-ibukun-cancao-abencoada-desembarca-em-sao-paulo-no-ultimo-domingo-23/ https://radioyoruba.com.br/2022/10/25/projeto-orin-ibukun-cancao-abencoada-desembarca-em-sao-paulo-no-ultimo-domingo-23/#respond Tue, 25 Oct 2022 19:23:25 +0000 https://site.tvraman.com.br/?p=7853 Batizado pelo cantor, compositor, advogado e escritor Nei Lopes, o projeto Orin Ibukun – Nossa Canção abençoada será realizado pela primeira vez em São Paulo, com apresentação no último domingo (23), na Vila Maria Zélia, região Central da capital paulista. Orin Ibukun é um projeto que se soma aos vários movimentos culturais, sociais e políticos […]

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Batizado pelo cantor, compositor, advogado e escritor Nei Lopes, o projeto Orin Ibukun – Nossa Canção abençoada será realizado pela primeira vez em São Paulo, com apresentação no último domingo (23), na Vila Maria Zélia, região Central da capital paulista.

Na imagem, Carlinhos 7 Cordas, Márcio Vanderlei, Marcelinho Moreira e Nene Brown Foto: Rafa Pinheiro/Divulgação

Orin Ibukun é um projeto que se soma aos vários movimentos culturais, sociais e políticos que percebem o samba como um saber, uma ética, uma filosofia, um modo de ser e estar no mundo. o Projeto reúne grandes nomes da música brasileira em um grande movimento de Sankofa como Carlinhos 7 Cordas, Márcio Vanderlei, Marcelinho Moreira, Nene Brown, além do escritor e professor Jonathan Raymundo, que é o mestre de cerimônias e produtor do Projeto.

“A música também é o modo como ela acontece e por isso promove através do coração um passeio sobre o tempo. O Samba, esse ‘negro forte e destemido’, como o cantou Nelson Sargento, pede licença pra tecer junto a outras manifestações, nossa necessidade de aquilombar”, afirma Jonathan Raymundo.

Projeto nasce do encontro do Jonathan Raymundo com o Marcelinho Moreira, em um dia de protesto na cidade do Rio de Janeiro. Marcelinho convida Márcio Vanderlei e Carlinhos 7 cordas. Jonathan convida Pretinho da Serrinha, que sai do projeto depois de iniciado para compor o time do Domingão do Huck. Nene Brown e Jorge André chegam e fecham o time.

Leia também: “A gente vai se abrindo e apreendendo” diz Iza ao contar que é Demissexual

O Projeto se inicia no Boteco do Seu França, dos irmãos Rodrigo França e Fábio França. Hoje ele é itinerante, mas também acontece de 15 em 15 dias no Museu de História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), Rio de Janeiro as quarta feiras. Dia 23, próximo domingo, será a primeira vez em São Paulo.

Serviço

Orin Ibukun em SP

Data: 23.10 | Domingo

Horário: 13H

Abertura: Canto de Rei

DJ’S: Guigo + Luciano Rocha

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Arte favelada: artistas narram as dificuldades para viver de teatro na Maré (RJ); assista https://radioyoruba.com.br/2022/06/27/arte-favelada-artistas-narram-as-dificuldades-para-viver-de-teatro-na-mare-rj-assista/ https://radioyoruba.com.br/2022/06/27/arte-favelada-artistas-narram-as-dificuldades-para-viver-de-teatro-na-mare-rj-assista/#respond Mon, 27 Jun 2022 21:53:02 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=5926 Programa Papo na Laje desta quinta (23) debate com artistas de companhias de teatro do conjunto de favelas da zona Norte Clívia Mesquita Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 23 de Junho de 2022 às 14:02 No programa Papo na Laje desta quinta-feira (23), artistas de companhias de teatro do conjunto de […]

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Programa Papo na Laje desta quinta (23) debate com artistas de companhias de teatro do conjunto de favelas da zona Norte
Clívia Mesquita
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 23 de Junho de 2022 às 14:02

Os atores Ramires Rodrigues e Geandra Nobre, do conjunto de favelas da Maré (RJ), são os convidados do episódio – Stefano Figalo/Papo na Laje

No programa Papo na Laje desta quinta-feira (23), artistas de companhias de teatro do conjunto de favelas da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro, questionam sobre os investimentos em cultura nas favelas e periferias, além do estado de conservação dos equipamentos culturais disponíveis nesses territórios.

Para a atriz Geandra Nobre, cria do Morro do Timbau, as políticas públicas voltadas para a cultura no estado do Rio precisam atender a diversidade de artistas da Maré. Ela é uma das fundadoras da Cia Marginal, que completa 16 anos levando a memória, identidade e pertencimento da favela para os palcos.

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“Fica a reflexão de onde se investe o dinheiro da Cultura, onde se distribui. Na Maré temos uma infinidade de artistas, músicos, cantores, produtores, editores de vídeo. Não é essa galera que vemos nos espaços, que ganha os editais e consegue produzir de forma tranquila. Falo dos grupos periféricos, de favela, da zona Oeste. A Maré tem 140 mil moradores, e não temos um espaço de teatro. Temos uma lona cultural, que é um espaço público mas está largado. Do que adianta ter esse espaço totalmente precarizado?”, questiona Geandra.

Também foi na Maré que o jovem Ramires Rodrigues, de 25 anos, encontrou seu lugar no teatro. Ele, que é da periferia de São Paulo, logo se identificou com o projeto Entre Lugares no Museu da Maré.

“Quando a gente faz um espetáculo, a pessoa assiste, se emociona, se identifica. Não tem nada mais verdadeiro do que aquela relação entre ator e público. Acho que a verdade que a gente escolhe falar, da nossa vivência, dos nossos anseios, é muito poderosa de estar no teatro”, disse no episódio que vai ao ar nesta quinta (23), às 18h.

Já na Companhia Cria do Beco, em cartaz com a peça “Nem todo filho vinga”, Ramires contou como a experiência com o teatro favelado foi importante na vida pessoal. “Fazer teatro na Maré me faz voltar os olhos para onde eu vim. Fiz as pazes com as minhas raízes porque ainda tinha a visão de sair da favela para fazer teatro. Pra mim, o teatro era algo idealizado e muito distante. Ter a oportunidade de ter sido abraçado pelo teatro da Maré me permitiu realizar um sonho”, afirmou.

O Papo na Laje é um programa de TV que valoriza o protagonismo da juventude nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. A cada novo episódio a apresentadora Dani Câmara recebe dois convidados que compartilham experiências sobre temas de interesse da juventude e da classe trabalhadora.

A produção é transmitida na TV Comunitária do Rio de Janeiro, canal 6 da NET, todas as quintas, às 18h e no canal do YouTube do programa. Também é possível assistir em toda a grande São Paulo no canal digital aberto da TVT, às quintas, às 20h.

Assista:

Fonte: BdF Rio de Janeiro

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Mateus Aleluia | Programa Completo https://radioyoruba.com.br/2022/01/08/conversa-com-bial-mateus-aleluia-programa-completo/ Sat, 08 Jan 2022 23:23:56 +0000 https://site.tvraman.com.br/?p=266 Uma conversa especial com o cantor e compositor Mateus Aleluia em sua terra de origem: Cachoeira da Bahia. Seu Mateus, um dos integrantes dos Tincoãs, grupo musical ativo nos anos 60 e 70 que fez música popular a partir de músicas de candomblé, falará sobre sua obra, que cresce a cada ano com novos trabalhos, […]

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Uma conversa especial com o cantor e compositor Mateus Aleluia em sua terra de origem: Cachoeira da Bahia. Seu Mateus, um dos integrantes dos Tincoãs, grupo musical ativo nos anos 60 e 70 que fez música popular a partir de músicas de candomblé, falará sobre sua obra, que cresce a cada ano com novos trabalhos, e sua filosofia de vida, em total conexão com sua ancestralidade africana. Mateus Aleluia celebra vida e novo disco no encerramento da temporada do ‘Conversa com Bial’ ‘Afrocanto das nações’ é assunto de um dos maiores nomes da africanidade baiana Aos 77 anos, Mateus Aleluia é parte da herança viva da cultura afro-brasileira. A Bahia foi ponto de partida fundamental de sua pesquisa, que busca a presença da África nos cantos, sinais e arquitetura do estado. Em seu novo álbum “Afrocanto das Nações”, essas ligações entre os dois polos culturais estão destacadas. Para falar sobre o processo, o Conversa com Bial encerra a temporada de 2021 celebrando a vida ao lado do cantor e compositor brasileiro. Membro de “Os Tincoãs”, grupo que permaneceu em atividade até a década de 1970, Seu Mateus esteve a serviço do governo angolano de 1983 a 2002. Suas pesquisas culturais ajudaram o mestre no retorno ao Brasil. “Muita coisa que eu quero dizer não consigo com palavras […] Então procuro a linguagem dos orixás, a língua dos anjos.” Para Pedro Bial, o recente trabalho junta “o didático e o épico”. “É difícil saber o que é maior nesse disco, se é a beleza ou a importância”, diz o jornalista. O músico explica que o disco não tem pretensões e seu objetivo é mostrar o olhar de Mateus Aleluia para as coisas. “Há aquela velha axioma: ‘antes de tudo houve o verbo’. Não, o verbo não. Antes de tudo houve a música. Se não houvesse a sonoridade, o verbo nunca seria dito.” “Antes de tudo ser criado, a movimentação dos elementos pra poder criar o mundo […] É uma sinfonia. E uma musica como o ‘Cordeiro de Nanã’ certamente vem dessa época. São os elementos.”

 

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Os desafios das mulheres no movimento hip hop https://radioyoruba.com.br/2021/12/17/os-desafios-das-mulheres-no-movimento-hip-hop/ https://radioyoruba.com.br/2021/12/17/os-desafios-das-mulheres-no-movimento-hip-hop/#respond Fri, 17 Dec 2021 00:23:33 +0000 https://site.tvraman.com.br/?p=179 Nesta sexta (12), comemora-se o Dia Mundial dessa cultura que une rimas, melodias, danças e cores Da RedaçãoBrasil de Fato | Salvador (BA) | 12 de Novembro de 2021 às 10:49 Nesta sexta (12), é comemorado o Dia Mundial do Hip Hop. Elementos como o grafite, o rap e o break são constituintes dessa cultura, na […]

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Nesta sexta (12), comemora-se o Dia Mundial dessa cultura que une rimas, melodias, danças e cores

Da RedaçãoBrasil de Fato | Salvador (BA) | 12 de Novembro de 2021 às 10:49

Nesta sexta (12), é comemorado o Dia Mundial do Hip Hop. Elementos como o grafite, o rap e o break são constituintes dessa cultura, na qual as mulheres, cada vez mais, constroem seus espaços. A data abre caminhos para refletir, justamente, sobre como as mulheres estão inseridas no hip hop.

Monique, que é grafiteira e arquiteta, fala sobre os desafios que enfrenta: “Infelizmente ainda há a invisibilização da atuação das mulheres dentro do movimento. Na música, por exemplo, as pessoas têm uma tendência a ouvir mais MCs homens do que mulheres. Eu que atuo no elemento grafite, percebo que ainda há essa questão de achar que pelo fato de ser mulher tem menos técnica, que não vai conseguir fazer o trabalho. São coisas que a gente tem que desmistificar todos os dias”.

Monique desmistifica a ideia de que as mulheres têm menos técnica no grafite do que os homens. / Arquivo pessoal

 

Udi Santos é mulher preta do subúrbio ferroviário de Salvador, rapper, produtora, Mc e representante da Bahia na Frente Nacional de Mulheres no hip hop. Ela comenta sobre o papel do rap feito por mulheres para a sociedade: “Tem a questão do lugar de fala, é uma mulher falando suas dores, seus sentimentos, suas vontades, seus desejos. E, normalmente, as coisas que as mulheres dizem incomodam muito. O rap já traz esse cunho de debater questões que são pouco ditas. Quando uma mulher traz esses assuntos, isso incomoda, mas também empodera outras mulheres”.

Udi reflete ainda que, para minimizar as desigualdades mencionadas, é preciso incentivar a música feita pelas mulheres, “sendo colocadas em lines de shows, além de ter esse cuidado em relação a streams e redes. Ter essa valorização seria um caminho interessante”, observa.

Monique compartilha que é preciso investimento público voltado para as mulheres negras para superar as barreiras encontradas. “Mais editais voltado só para mulheres negras, priorizando projetos nos quais as mulheres esteja a frente, para que a gente possa ter apoio para fomentar as nossas pautas”, conclui.

Edição: Elen Carvalho

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