Desde 2007, celebra-se em 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate \u00e0 Intoler\u00e2ncia Religiosa. Foi esta a data da morte da ialorix\u00e1 baiana Gild\u00e1sia dos Santos e Santos, conhecida como M\u00e3e Gilda, em 2000.
\nA ialorix\u00e1 – m\u00e3e de santo da comunidade – fundou em 1988 o terreiro de candombl\u00e9 Il\u00ea Ax\u00e9 Abass\u00e1 de Ogum, pr\u00f3ximo \u00e0 Lagoa do Abaet\u00e9 em Salvador (BA).<\/p>\n
M\u00e3e Jaciara, filha de M\u00e3e Gilda – Foto reprodu\u00e7\u00e3o Internet<\/p><\/div>\n
Al\u00e9m de lideran\u00e7a religiosa, M\u00e3e Gilda tamb\u00e9m era uma ativista social. \u00c0 frente do terreiro, ela teve forte participa\u00e7\u00e3o nas lutas por melhorias de sua comunidade, o bairro Nova Bras\u00edlia de Itapu\u00e3.<\/p>\n
Com o tempo, M\u00e3e Gilda se tornou alvo de ataques e de uma campanha de difama\u00e7\u00e3o por conta de sua religi\u00e3o. Em 1999, uma foto sua foi publicada pela Folha Universal, jornal da Igreja Universal do Reino de Deus, junto a um texto que acusava religi\u00f5es de matriz africana de charlatanismo.<\/p>\n
“Uma ialorix\u00e1 \u00e9 uma rainha, ela n\u00e3o \u00e9 diferente das autoridades eclesi\u00e1sticas ou evang\u00e9licas. Ela \u00e9 uma autoridade da cultura afro-brasileira, mas infelizmente o racismo religioso impede que essas lideran\u00e7as da espiritualidade negra recebam o devido respeito, o devido prest\u00edgio”<\/em><\/span> – Pai Sidnei de Xang\u00f4<\/span><\/p>\nA candomblecista e sua fam\u00edlia tiveram sua casa e o terreiro invadidos, sofreram agress\u00f5es f\u00edsicas e verbais, al\u00e9m de depreda\u00e7\u00f5es do espa\u00e7o religioso. Com a sa\u00fade agravada pelos ataques, M\u00e3e Gilda teve um infarto e morreu em 21 de janeiro de 2000.<\/p>\n
Foto reprodu\u00e7\u00e3o Internet!<\/p><\/div>\n
Sua filha, Jaciara, a sucedeu como ialorix\u00e1 do terreiro e iniciou uma luta por justi\u00e7a ao legado de M\u00e3e Gilda. Moveu uma a\u00e7\u00e3o por danos morais e uso indevido da imagem contra a IURD, que foi condenada a indenizar a fam\u00edlia.<\/p>\n
M\u00e3e Jaciara Ribeiro, filha da M\u00e3e Gilda – Foto Reprodu\u00e7\u00e3o Internet.<\/p><\/div>\n
O caso foi um marco para o enfrentamento ao racismo religioso no pa\u00eds. Sua repercuss\u00e3o gerou projetos de lei voltados ao tema e o reconhecimento da exist\u00eancia do problema pelo Estado, por meio san\u00e7\u00e3o da lei federal que instituiu uma data de combate a esse tipo de discrimina\u00e7\u00e3o.
\nFonte Uol<\/p>\n
“Aluta de combate \u00e0 intoler\u00e2ncia religiosa \u00e9 tamb\u00e9m uma luta por M\u00e3e Gilda” Pai Sidnei de Xang\u00f4<\/em><\/span><\/p>\nChico pinheiro conta como M\u00e3e Gisa foi atacada por dois crist\u00e3os.<\/span><\/p>\n