Arquivo de Tragédia - Estação de Radio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/category/tragedia/ Emissora de Radio Yorùbá especializada em candomblé, umbanda e tudo relacionado a cultura afro brasileira Tue, 07 May 2024 12:39:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://radioyoruba.com.br/wp-content/uploads/2022/07/LOGO_RADIO_YORUBA_512-75x75.png Arquivo de Tragédia - Estação de Radio Yorùbá https://radioyoruba.com.br/category/tragedia/ 32 32 Marinha envia maior navio da América Latina para ajudar população do RS https://radioyoruba.com.br/2024/05/07/marinha-envia-maior-navio-da-america-latina-para-ajudar-populacao-do-rs/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/07/marinha-envia-maior-navio-da-america-latina-para-ajudar-populacao-do-rs/#respond Tue, 07 May 2024 12:39:02 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13325 A Marinha do Brasil vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul atingida pelos fortes temporais que causam destruição no estado desde a semana passada. No total, o navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de […]

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A Marinha do Brasil vai enviar o maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul atingida pelos fortes temporais que causam destruição no estado desde a semana passada.

Imagem: Divulgação/Marinha do Brasil/CP

No total, o navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte e duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir cerca de 20 mil litros de água potável por hora — há forte demanda da população pelo líquido consumível.

A Marinha anunciou ainda o envio de 40 viaturas e 200 militares para o estado gaúcho.

Nesta terça-feira (7), três aeronaves da Força devem chegar ao estado. Anteriormente, a Marinha disponibilizou oito lanchas para auxiliar nos resgates.

Marinha dá auxílio ao Rio Grande do Sul similar ao prestado a São Paulo em 2023.

Chuva dá trégua no RS, mas Guaíba mantém nível recorde

O nível do Guaíba estava em 5,28 metros, às 18h desta segunda-feira (6). Desde a semana passada, o Guaíba ultrapassou o recorde da maior cheia registrada até então –o nível de 4,76 metros, em 1941, quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha. O limite para inundações é de 3 metros, uma referência que indica possíveis danos aos municípios.

A cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros ”No Guaíba, teremos uma retenção durante toda a semana, vai variar de 5,3 m a 5,5 m, mas com estabilidade”, explicou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à GloboNews.

Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 497 municípios, sendo 364 afetados.

Apenas 4 das 23 casas de bombeamento de água pluvial estão operando na cidade, em atualização das 18h. Segundo a prefeitura, quando a cota de inundação chega a 3 metros, elas não conseguem mais operar com toda a sua capacidade.

A de número 16 foi desligada, pela manhã, por risco de choque elétrico. A decisão foi da concessionária CEE Equatorial, informou o prefeito Sebastião Melo (MDB). Em rede social, ele recomendou que moradores deixassem os bairros Cidade Baixa e Menino Deus. “Quero recomendar aos moradores que saiam dessas regiões, se puderem. Não fiquem no andar térreo”.

O alagamento na região também afetou o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). O data center e o quadro elétrico foram desligados. “Objetivo é preservar a infraestrutura instalada e permitir o retorno dos serviços sem perda de dados”, informou o órgão, em nota.

O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial nesta segunda. Ele restringe o uso da água para consumo essencial. A prefeitura pede que se evite lavar carros, calçadas e fachadas. A orientação também vale para regas de jardins e gramados, além do uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias e banho e tosa de animais.

O aeroporto Internacional Salgado Filho emitiu, hoje, aviso internacional sobre a suspensão de voos por tempo indeterminado O aviso tem prazo até 30 de maio. Em nota, a Fraport Brasil, que administra o aeroporto, diz que não há previsão de retomada das operações.

Vias bloqueadas dificultam saída de moradores. Porto Alegre tem 62 vias totalmente e 13 parcialmente bloqueadas. O acesso seguro de entrada e saída da capital é por meio da RS-118, da RS-040 e da avenida Bento Gonçalves, informou a Prefeitura de Porto Alegre.

Imagem: Carlos FABAL/AFP

Há 750.364 mil clientes da Corsan . O número representa 26% do total dos clientes, informou a Defesa Civil, também no boletim das 18h.

Há 270 mil pontos sem luz, entre áreas atendidas pela RGE Sul. A CEEE Equatorial não apresentou atualização ao fim do dia. Em último comunicado, das 13h, a empresa somava 188 mil clientes sem energia elétrica.

Dezenas de municípios estão sem serviços de telefonia e internet das operadoras Tim, Claro e Vivo.

Em meio às chuvas, algumas cidades registram assaltos, saques e até assassinato No município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, diversos estabelecimentos foram saqueados nos últimos dias. Pessoas não identificadas têm invadido mercados, lojas e farmácias e levado os produtos das prateleiras. Ainda em Arroio do Meio, um homem foi morto após ser atingido por um espeto de churrasqueira. Outra pessoa foi baleada e levada para um hospital de Lajeado.

Em Porto Alegre, diversos comércios também foram invadidos. Em Canoas, homens armados em barco e jet skis têm rondado as casas abandonadas para praticar assaltos, e há relatos de assalto em albergues da cidade.

Além dos saques e roubos nos municípios afetados, golpistas aproveitam a situação e desviam doações enviadas aos gaúchos. O governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), lamentou essa situação e disse que “no meio de tanta solidariedade, tem aproveitadores que usam da sensibilidade das pessoas” para roubar e aplicar golpes via pix.

 

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‘Só queria uma vida digna para ela’: pai lamenta morte de filha de 7 anos em tentativa de travessia para o Reino Unido https://radioyoruba.com.br/2024/05/06/so-queria-uma-vida-digna-para-ela-pai-lamenta-morte-de-filha-de-7-anos-em-tentativa-de-travessia-para-o-reino-unido/ https://radioyoruba.com.br/2024/05/06/so-queria-uma-vida-digna-para-ela-pai-lamenta-morte-de-filha-de-7-anos-em-tentativa-de-travessia-para-o-reino-unido/#respond Mon, 06 May 2024 23:35:58 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13316 História de Andrew Harding – Correspondente da BBC News em Paris Em pé na praia, Ahmed Alhashimi grita para as ondas que vão e vêm, batendo no peito, cedendo à dor, à raiva e à culpa, que não vão embora. “Não consegui protegê-la. Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que […]

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História de Andrew Harding – Correspondente da BBC News em Paris

Sara, de 7 anos, sufocou quando foi esmagada no barco em que tentava atravessar da França para o Reino Unido
© BBC

Em pé na praia, Ahmed Alhashimi grita para as ondas que vão e vêm, batendo no peito, cedendo à dor, à raiva e à culpa, que não vão embora.

“Não consegui protegê-la. Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que eu tinha”, soluça.

A família iraquiana tentava ir da França para o Reino Unido.

Na semana anterior, de madrugada, naquele mesmo trecho do litoral da França a sul de Calais, o homem de 41 anos estava espremido dentro de um barco inflável gritando por socorro. Ele implorava às pessoas que abrissem espaço para ele abaixar e resgatar sua filha Sara, de 7 anos, que estava sendo esmagada em uma escuridão sufocante.

“Eu só queria que aquele homem se movesse para que eu pudesse pegar meu bebê”, explica Ahmed.
Ele se refere a um jovem sudanês que fazia parte de um grupo maior que embarcou na última hora, quando o barco já estava longe da costa. O homem o ignorou, e depois o ameaçou, diz.

“Isso foi como a própria morte. Vimos pessoas morrerem. Vi como aqueles homens se comportavam. Eles não se importavam em quem pisassem, se fosse uma criança ou a cabeça de alguém, jovem ou velho. As pessoas começaram a sufocar”, diz Ahmed com rancor.

Ahmed e a sua família tentaram durante muitos anos morar na União Europeia, mas não conseguiram
© BBC

Embora Ahmed seja iraquiano, a sua filha nem sequer conhecia o país. Ela nasceu na Bélgica e passou a maior parte de sua curta vida na Suécia.

No total, cinco pessoas morreram no mesmo incidente.

Eu estava na praia na época com uma equipe da BBC e vi o caos enquanto os contrabandistas, escoltando seus passageiros pela praia em direção a um pequeno barco, usavam fogos de artifício e empunhavam paus para afastar um grupo de policiais franceses que tentou, sem sucesso, impedir o embarque do grupo.

“Ajuda!”

Enquanto o barco avançava rumo ao mar, ouvimos alguém gritando a bordo. Mas na escuridão da madrugada era impossível saber o que estava acontecendo.

O barco inflável no Canal da Mancha, entre a França e o Reino Unido
© BBC News

De madrugada, a polícia já estava deixando o litoral juntamente com um suposto traficante e alguns dos migrantes que não conseguiram embarcar.

Ahmed confirmou mais tarde que era ele mesmo o homem que ouvimos gritar por ajuda, implorando desesperadamente às pessoas ao seu redor para salvar a vida de Sara.

A esposa de Ahmed, Nour AlSaeed, e seus outros dois filhos, Rahaf, de 13 anos, e Hussam, de 8, também ficaram presos entre as pessoas, mas conseguiram respirar.

“Sou um trabalhador da construção civil. Sou forte. Mas nem eu consegui tirar a perna, presa no meio da multidão. Não admira que a minha filha também não tenha conseguido. Ela estava sob os nossos pés”, diz Ahmed.

Quarta tentativa
Essa foi a quarta tentativa da família de atravessar da França para o Reino Unido desde que chegou à região, há dois meses.

A polícia os impediu duas vezes na praia, enquanto tentavam acompanhar o resto dos migrantes que corriam em direção ao barco de um contrabandista.

Ahmed diz que desta vez os traficantes — que cobravam US$ 1,6 mil (cerca de R$ 9 mil) por adulto e metade desse valor por cada criança — tinham prometido que apenas 40 pessoas embarcariam no seu barco, mas outro grupo de migrantes apareceu na praia e insistiu em embarcar.

Sara estava calma no início. Ela segurava a mão do pai enquanto saíam da estação ferroviária de Wimereux na tarde anterior. Durante a noite, eles se esconderam em algumas dunas ao norte da cidade.

Pouco antes das 6h da manhã, o grupo já havia inflado o barco. Os traficantes deram a ordem para que os migrantes levassem o barco para a praia e corressem com ele em direção ao mar antes que a polícia os interceptasse.

Ahmed diz que de repente uma bomba de gás lacrimogêneo da polícia explodiu perto deles e Sara começou a gritar.

Assim que embarcaram, Ahmed segurou Sara nos ombros por cerca de um minuto, mas depois a colocou no chão para ajudar sua outra filha, Rahaf, a embarcar.

Foi quando ele perdeu Sara de vista.

Só depois, quando as equipes de resgate francesas os interceptaram no mar e desembarcaram algumas das mais de 100 pessoas amontoadas no barco, Ahmed finalmente conseguiu alcançar o corpo da sua filha.

“Vi a cabeça dela no canto do barco. Estava toda azul. Ela já estava morta quando a tiramos. Ela não respirava”, explica, entre soluços.

Agora as autoridades francesas estão cuidando da família enquanto esperam para enterrar o corpo de Sara.

Sara (à direita) com seu irmão Hussam e sua irmã Rahaf. A família já havia tentado cruzar o Canal da Mancha três vezes © BBC

‘A única opção que tínhamos’
Ahmed diz estar ciente das fortes críticas que tem recebido nas redes sociais por parte de pessoas que o acusam de colocar a sua família em riscos desnecessários. Ele parece estar dividido entre aceitar e rejeitar essas acusações.

“Nunca vou me perdoar. Mas o mar era a única opção que eu tinha. Tudo o que aconteceu foi contra a minha vontade. Fiquei sem opções. As pessoas me culpam e dizem: ‘Como você colocou suas filhas em risco?’ Mas estou na Europa há 14 anos e fui rejeitado”, diz Ahmed, detalhando anos de tentativas fracassadas de garantir a residência na União Europeia após fugir do Iraque após alegar ter recebido ameaças de grupos de milícias.

A Bélgica aparentemente negou asilo alegando que Basra, a sua cidade natal no Iraque, era classificada como zona segura.

Ele diz que os seus filhos passaram os últimos sete anos com um parente na Suécia, mas foi recentemente informado de que seriam deportados, juntamente com ele, para o Iraque.

“Se eu soubesse que havia 1% de probabilidade de ficar com as crianças na Bélgica, na França, na Suécia ou na Finlândia, ficaria lá. A única coisa que queria para os meus filhos é que eles frequentassem a escola. Não quero qualquer tipo de assistência social. Minha esposa e eu podemos trabalhar. Eu só queria protegê-los, sua infância e sua dignidade”, continua ele.

“Se as pessoas estivessem no meu lugar, o que fariam? Aqueles que (me criticam) não sofreram o que eu sofri. Esta foi a minha última opção”, afirma, apelando ao governo britânico por solidariedade e apoio.

O último desenho que Sara fez de sua família antes da quarta tentativa de chegar à Inglaterra
© BBC

va Jonsson, professora de Sara em Uddevalla, na Suécia, descreve a menina como “gentil e boa” em uma mensagem de vídeo enviada à BBC.

“Ela tinha muitos amigos na escola. Eles brincavam juntos o tempo todo… Em fevereiro, descobrimos que iriam deportá-la e que seria rápido. Eles nos avisaram com dois dias de antecedência”, explica.

Ao saber de sua morte, a turma se reuniu em círculo e fez um minuto de silêncio.

“É muito lamentável que isso aconteça com uma família tão simpática. Já ensinei (outras) crianças desta família e fiquei muito surpresa com a deportação”, afirma a professora.

“Ainda temos a foto da Sara na sala de aula e vamos mantê-la aqui durante o tempo que as crianças quiserem.”

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20 mortos, após temporal no ES. https://radioyoruba.com.br/2024/03/26/20-mortos-apos-temporal-no-es/ https://radioyoruba.com.br/2024/03/26/20-mortos-apos-temporal-no-es/#respond Tue, 26 Mar 2024 12:27:16 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13226 Chuva intensa no Sul do Espírito Santo no final de semana deixou mortos em duas cidades. Treze municípios estão em estado de emergência. Veja quem são as vítimas e a situação na região. Mortes e destruição. Esse é o cenário de várias cidades do Sul do Espírito Santo após um forte temporal entre a noite […]

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Chuva intensa no Sul do Espírito Santo no final de semana deixou mortos em duas cidades. Treze municípios estão em estado de emergência. Veja quem são as vítimas e a situação na região.

Foto Arquivo

Mortes e destruição. Esse é o cenário de várias cidades do Sul do Espírito Santo após um forte temporal entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado (23). A tragédia no estado deixou aos menos 20 mortos, 7 desaparecidos e mais de sete mil pessoas fora de casa. O governo do estado decretou situação de emergência em 13 municípios.

A Defesa Civil Estadual divulgou o boletim nesta terça-feira (26) e uma hora depois atualizou o número de desaparecidos de seis para sete. Todos os desaparecidos são da cidade de Mimoso do Sul.

Muitas famílias perderam tudo. A força da água foi grande. Quebrou muros, derrubou paredes de residências, invadiu lojas, escolas e prédios públicos, arrastou carros e caminhões. Além de vidas perdidas, o prejuízo passa pela perda de roupas, móveis e documentos. Nos locais mais afetados, também há registros de falta de energia, água e até comida.

Por Thibinha – Obra do próprio, Domínio público,

Serviços básicos foram atingidos, como postos de saúde e escolas. Cidades e comunidades também ficaram isoladas. Durante o temporal, entre sexta e sábado, algumas cidades chegaram a registrar mais de 300 milímetros de chuva no acumulado de 24 horas, mais do que o dobro do que estava previsto para todo o mês de março.

Equipes da Defesa Civil estadual e também de cada município afetado ainda estavam, até esta segunda-feira (25), realizando resgates. Havia dificuldades em fazer levantamentos totais de estragos, isso porque em muitos locais o acesso ainda estava complicado.

Mortes
Mimoso do Sul foi a cidade mais prejudicada pela chuva. Por lá, foram ao menos 18 mortes. Outras sete pessoas estão desaparecidas no município, segundo a Defesa Civil estadual.

Entre os mortos que tiveram a identidade confirmada na cidade, cinco eram moradores de uma Casa de Idosos. São eles:

Davi Gomes da Silva, 51 anos
Gilda Hastenreiter Leite Chalito, 50 anos
Ester Santanna dos Santos, 26 anos
Flávia Barboza Almeida, 20 anos
João Carlos Alves Ferreira, 58 anos
Além das vítimas da Casa de Idosos, as outras 12 vítimas identificadas são:

Adair Antônia Fernandes Medeiros, 43 anos
Leonardo Fernanes Medeiros de Souza, 6 anos
Denise Beraldes Mendes
Lorena Moraes Miguel, 17 anos
Luzia Catarina de Souza Gonçalves
Rosa Tome Poldi
Antonio Marcos Fernandes de Souza
Nelson Martins
Rodrigo Moraes Miguel, 23 anos
Sergio Luiz de Souza
Regina Montella Vançato
Denise Ramos Vançato
Heloísa Cornélio Pastor, 8 anos

Vítimas da tragédia da chuva no Sul do Espírito Santo — Foto: Reprodução

Já em Apiacá, cidade vizinha a Mimoso, duas mortes foram confirmadas. São elas:

Clara Treggi Moutinho, de 87 anos
José Ricardo de Oliveira Queiroz, 64 anos

Ainda segundo a Polícia Científica do estado, a vítima Ester Santána dos Santos e João Carlos Alves Ferreira não possuem familiares e estão aguardando liberação judicial para sepultamento.

A polícia não divulgou a idade de todos os mortos confirmados e orientou apenas que possíveis familiares compareçam ao local para iniciar o processo de checagem da identidade e liberação.

Por Viviane Lopes, Vitor Ferri, g1 ES – 26/03/2024 06h33

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Advogado executado com 12 tiros será sepultado hoje; presidente da OAB-RJ pede rigor nas investigações https://radioyoruba.com.br/2024/02/28/advogado-executado-com-12-tiros-sera-sepultado-hoje-presidente-da-oab-rj-pede-rigor-nas-investigacoes/ https://radioyoruba.com.br/2024/02/28/advogado-executado-com-12-tiros-sera-sepultado-hoje-presidente-da-oab-rj-pede-rigor-nas-investigacoes/#respond Wed, 28 Feb 2024 07:24:31 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13113 Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi executado por um criminoso encapuzado na tarde da última segunda-feira (26) O corpo do advogado morto a tiros em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio de Janeiro, será sepultado nesta quarta-feira (28). O velório está previsto para começar a partir […]

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Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi executado por um criminoso encapuzado na tarde da última segunda-feira (26)

O corpo do advogado morto a tiros em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio de Janeiro, será sepultado nesta quarta-feira (28).

O velório está previsto para começar a partir das 11h30 e o enterro após as 14h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da capital.

REPRODUÇÃO/LINKEDIN

” A Ordem dos Advogados quer uma investigação rápida e efetiva, queremos saber quem foi o autor, queremos saber quem foi o mandante e, principalmente, saber se esse crime odiento tem alguma relação com a atividade profissional desse advogado”, afirmou Luciano.

O crime
Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi executado por um criminoso encapuzado na tarde da última segunda-feira (26).

Segundo as primeiras informações, Rodrigo seria sócio de um escritório especializado em Direito Civil Empresarial, que fica próximo ao local do crime.

O advogado andava pela calçada na avenida Marechal Câmara para fazer um lanche com o sobrinho quando um carro suspeito se aproximou dele.

Rodrigo foi chamado pelo nome antes de sofrer os disparos. Imagens de câmeras de segurança do local mostraram que o executor desembarcou do veículo já atirando.

Investigações
Em entrevista coletiva concedida nesta terça (27), o Secretário Estadual de Polícia Civil, Marcus Amim, afirmou que Rodrigo foi alvo de 12 disparos em uma ação que durou 14 segundos.

As informações foram levantadas a partir da análise de vídeos que registraram o assassinato, mas a DHC (Divisão de Homicídios da Capital) ainda aguarda o laudo pericial.

Para a investigação, o crime tem características de execução e ainda não há motivação clara. No entanto, os policiais civis descartam latrocínio, já que nada foi roubado.

Fonte: noticias.r7

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Quem era o porteiro de escola morto a facadas em Niterói https://radioyoruba.com.br/2024/02/25/quem-era-o-porteiro-de-escola-morto-a-facadas-em-niteroi/ https://radioyoruba.com.br/2024/02/25/quem-era-o-porteiro-de-escola-morto-a-facadas-em-niteroi/#respond Sun, 25 Feb 2024 08:29:25 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13095 Criminoso foi preso em flagrante e vai responder por outros dois roubos, além do latrocínio O porteiro da escola morto durante uma tentativa de assalto em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, era tido como uma pessoa gentil, educada e responsável. Segundo a nota de pesar divulgada pela Rede MV1 de Ensino, Sebastião […]

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Criminoso foi preso em flagrante e vai responder por outros dois roubos, além do latrocínio

Sebastião Lair Hipólito foi atacado pelas costas e morreu
Reprodução/ Redes sociais

O porteiro da escola morto durante uma tentativa de assalto em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, era tido como uma pessoa gentil, educada e responsável. Segundo a nota de pesar divulgada pela Rede MV1 de Ensino, Sebastião Lair Hipólito foi atacado pelas costas por uma pessoa em situação de rua ao abrir o colégio nesta sexta-feira (23), tarefa que desenvolvia todos os dias. “Um homem de família, um trabalhador”, descreve a instituição de ensino.

Na postagem, a comunidade escolar, em mais de 400 comentários, lamentou a morte de Sebastião. “Querido Tião, que tristeza, dor e luto. (…) O seu amor pela vida, seu sorriso largo, seu zelo e respeito continuam pulsando em nossos corações”, escreveu uma colega de trabalho. “Sebastião não era um porteiro, era o primeiro em que eu confiava o meu filho, o meu maior bem. Era o primeiro da escola a me dar um bom dia e um sorriso singelo, tímido e peculiar”, lembrou o pai de um aluno.

Na manhã deste sábado (24) Sebastião foi homenageado pela comunidade escolar e amigos em Niterói. Durante uma caminhada, as pessoas, com balões brancos nas mãos, gritaram o nome do porteiro.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), a vítima foi encontrada com perfurações compatíveis de instrumento perfuro cortante, informação que será confirmada pela perícia. De acordo com os investigadores, pelo desalinho da sala onde o porteiro foi encontrado, há indícios de que houve luta corporal com o criminoso, identificado como Rennan de Oliveira da Silva Santos.

A Polícia Civil informou, ainda, que depois atacar o porteiro, Rennan roubou a bolsa de outra funcionária da escola, antes de fugir. Na fuga, uma terceira vítima teve a bicicleta levada pelo suspeito. Os roubos serão investigados pela Delegacia de Icaraí (77ª DP).

Uma equipe do programa Niterói Presente foi alertada por um motociclista e conseguiu prender Rennan em flagrante, depois de uma perseguição. Ele confessou os crimes. A DHNSG abriu inquérito por latrocínio, roubo seguido de morte, uma vez que pertences de Sebastião foram encontrados com o suspeito.

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Homem que foi flagrado espancando esposa é morto pela polícia no Pantanal https://radioyoruba.com.br/2024/02/22/homem-que-foi-flagrado-espancando-esposa-e-morto-pela-policia-no-pantanal/ https://radioyoruba.com.br/2024/02/22/homem-que-foi-flagrado-espancando-esposa-e-morto-pela-policia-no-pantanal/#respond Thu, 22 Feb 2024 21:51:28 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13087 Durante o resgate da vítima em uma fazenda de difícil acesso, ele trocou tiros com a polícia e foi alvejado Eliezer Rodrigues de Brito que foi filmado espancando uma mulher de 28 anos morreu na noite de sábado (10) após um confronto com a polícia durante o resgate da vítima no Pantanal, no município de […]

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Durante o resgate da vítima em uma fazenda de difícil acesso, ele trocou tiros com a polícia e foi alvejado

Foto Reprodução Internet

Eliezer Rodrigues de Brito que foi filmado espancando uma mulher de 28 anos morreu na noite de sábado (10) após um confronto com a polícia durante o resgate da vítima no Pantanal, no município de Corumbá. O vídeo da agressão está circulando nas redes sociais.

Nas imagens, a vítima aparece caída ao solo e o homem a segurando contra o chão. E, todas essas agressões ocorreram na frente das filhas. Os familiares receberam o pedido de ajuda da vítima no sábado (10), pois, ela estava em uma fazenda de difícil acesso.

Diante disso, a Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar Ambiental fizeram uma força tarefa para resgatar a mulher e as crianças, inclusive, uma de 4 meses. De acordo com a família da vítima, o agressor teria trocado tiros com a polícia e foi atingido.

Contudo, ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O corpo do Eliezer chegou neste domingo (11) em Corumbá e foi levado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).

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Mensagens trocadas entre jogador e jovem que morreu são divulgadas; veja https://radioyoruba.com.br/2024/02/06/mensagens-trocadas-entre-jogador-e-jovem-que-morreu-sao-divulgadas-veja/ https://radioyoruba.com.br/2024/02/06/mensagens-trocadas-entre-jogador-e-jovem-que-morreu-sao-divulgadas-veja/#respond Tue, 06 Feb 2024 12:15:20 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=13044 O jogador e a jovem se conheceram em uma rede social e desde 17 de janeiro conversavam quase diariamente. Lívia morreu após ter uma ruptura em região genital Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, morreu após um encontro com o jogador sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, na última terça-feira (30/1). […]

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O jogador e a jovem se conheceram em uma rede social e desde 17 de janeiro conversavam quase diariamente. Lívia morreu após ter uma ruptura em região genital

Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, morreu após um encontro com o jogador sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho – (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, morreu após um encontro com o jogador sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, na última terça-feira (30/1). A jovem teve 4 paradas cardiorrespiratórias e tinha um corte de cerca de cinco centímetros na região íntima, o que ocasionou muita perda de sangue. O jogador e a jovem se conheceram em uma rede social e desde 17 de janeiro conversavam quase diariamente. O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso às últimas mensagens trocadas por Dimas e Lívia.

O jogador e a jovem tinham combinado de se encontrar às 18h, no dia em que Dimas ia viajar de férias para João Pessoa, na Paraíba. “Vou falar com a minha mãe. Ela vai deixar. Esse horário, sim”, disse a jovem. “Eu não gosto de transar sem camisinha”, afirmou Dimas na sequência. E Lívia respondeu: “Eu também não”.

Antes de sair para o encontro, Lívia falou que estava pronta e perguntou se Dimas queria que ela fosse ao apartamento em Tatuapé naquele momento ou mais tarde. O jogador respondeu: “Daqui a pouco”. Pouco tempo depois, às 18h06, a jovem avisou: “Tô chegando, amor”.

Entenda o caso
Lívia estava no apartamento de Dimas e foi encaminhada a um hospital de Tatuapé, em São Paulo, depois que o jogador acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso foi registrado como morte suspeita.

O jogador, que prestou depoimento à polícia, afirmou que a jovem desmaiou durante a relação sexual. A defesa de Dimas diz que o atleta não cometeu nenhum crime e aguarda o resultado da perícia. Além disso, Dimas também disse que ele e a jovem não ingeriram bebida alcoólica ou drogas.

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Pátria derrubada e queimada, Brasil https://radioyoruba.com.br/2023/12/04/patria-derrubada-e-queimada-brasil/ https://radioyoruba.com.br/2023/12/04/patria-derrubada-e-queimada-brasil/#respond Mon, 04 Dec 2023 14:53:05 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=12934 No mês do bicentenário da Independência, Brasil se supera em queimadas na Amazônia. Após 200 anos, estamos repetimos a mesma dinâmica predatória A primeira riqueza usurpada do povo brasileiro foi uma árvore, o famoso pau-brasil. Não somente uma, mas dois milhões de árvores durante o primeiro século de exploração portuguesa, segundo registros do Arquivo Nacional […]

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No mês do bicentenário da Independência, Brasil se supera em queimadas na Amazônia. Após 200 anos, estamos repetimos a mesma dinâmica predatória

A primeira riqueza usurpada do povo brasileiro foi uma árvore, o famoso pau-brasil. Não somente uma, mas dois milhões de árvores durante o primeiro século de exploração portuguesa, segundo registros do Arquivo Nacional – o correspondente a seis mil quilômetros quadrados (km²) da Mata Atlântica. Não foi à toa que deram nome de árvore a esta nação. Quando conquistamos nossa independência, quase já não havia pau-brasil para contar história.

Duzentos anos depois, mais uma vez assistimos a nossas árvores e povos tradicionais tombar sobre essa terra. Porém, dessa vez, numa velocidade inimaginável: um terço de toda a perda de vegetação nativa do Brasil se deu nos últimos 37 anos (MapBiomas). E se os portugueses levaram um século para arrancarem dois milhões de pau-brasil no passado, os novos desmatadores levaram menos de nove meses para cortarem mais de 361 milhões de árvores somente da Amazônia Legal em 2022, de acordo com dados calculados pelo Greenpeace Brasil.

Sobrevoo na região da Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia), em uma área com cerca de 8.000 hectares de desmatamento – a maior em 2022 – que está queimando há dias. © Nilmar Lage / Greenpeace

Na semana em que comemoramos nosso bicentenário de independência, nossas florestas estão em chamas: em apenas uma semana de setembro deste ano já superamos o número de focos de calor registrados na Amazônia em todo o mês do ano passado. De 1 a 7 de setembro, Dia da Independência, foram 18.374 queimadas na Amazônia, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em setembro de 2021 foram 16.742 ao todo. Se compararmos esta semana com a primeira semana de setembro de 2021, o aumento nas queimadas é de 474%.

“Na semana em que comemoramos a Independência do Brasil e o Dia da Amazônia, os números referentes a queimadas e incêndios florestais só reforçam que estamos repetindo a mesma dinâmica predatória de 200 anos atrás, propagando uma economia da destruição que ainda se alimenta fortemente de recursos naturais ao passo que não traz o tão almejado desenvolvimento real para a Amazônia”, declara Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

O Índice de Progresso Social, que analisa variáveis socioambientais, revelou que, em 2021, a média do índice para os municípios da Amazônia Legal foi 16% inferior à média nacional, e a diferença é ainda maior em municípios com altos índices de desmatamento.

É fato que todos os governos tiveram sua participação ou permitiram direta e indiretamente a continuidade da destruição ambiental, mas diferente da gestão atual, vale pontuar que houve esforços em governos anteriores para conter essa dinâmica predatória.

No governo de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, foram demarcados mais de 600 mil km² de terras indígenas, foram dadas as condições para a criação das ferramentas de monitoramento do Inpe e estabeleceu-se um marco para combate à grilagem a partir do livro branco da grilagem de terras.

Nos governos seguintes, foi colocado em prática o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (o PPCDAm), o que incluiu muitas ações de comando e controle, corte de financiamento para quem desmata e criação de diversas Unidades de Conservação, culminando na redução do desmatamento para menos de 5 mil km² em 2012.

Nos últimos anos, no entanto, além de não existir plano ou ações nessa direção, está em curso um desmantelamento dos órgãos ambientais, corte e baixa execução de orçamento, estratégias apenas midiáticas e com baixa efetividade, a exemplo do decreto proibitivo para uso do fogo dissociado de fiscalização e o uso das Forças Armadas protagonizando as ações de fiscalização.

O desmatamento está fora de controle e a escala só aumenta. Estamos de volta ao passado e precisamos nos libertar dessa relação com a natureza que mina dia a dia nossas chances de futuro.

 

Fonte: Greenpeace Brasil

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Morador de quilombo insuflou traficantes a matarem Mãe Bernadete, diz polícia https://radioyoruba.com.br/2023/11/16/morador-de-quilombo-insuflou-traficantes-a-matarem-mae-bernadete-diz-policia/ https://radioyoruba.com.br/2023/11/16/morador-de-quilombo-insuflou-traficantes-a-matarem-mae-bernadete-diz-policia/#respond Fri, 17 Nov 2023 00:34:09 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=12926 Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo assassinato da ialorixá em agosto assassinato da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, 72, a Mãe Bernadete, teria sido motivado pelo enfrentamento a interesses de uma facção do tráfico de drogas e teria sido insuflado por um morador da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares envolvido com extração […]

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Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo assassinato da ialorixá em agosto

assassinato da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, 72, a Mãe Bernadete, teria sido motivado pelo enfrentamento a interesses de uma facção do tráfico de drogas e teria sido insuflado por um morador da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares envolvido com extração ilegal de madeira.

Essa é a conclusão das investigações conduzidas pela Polícia Civil da Bahia sobre a morte da líder quilombola, assassinada em 17 de agosto com 25 tiros na casa que funcionava como sede da associação do quilombo, em Simões Filho, cidade da Grande Salvador.

Bernadete Pacífico era líder quilombola na Bahia e coordenadora da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos)

O Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra cinco pessoas supostamente envolvidas no crime. Elas foram denunciados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, com uso de arma de fogo e sem chance de defesa da vítima.

Suspeitos de integrarem a facção criminosa Bonde do Maluco, uma das mais violentas da Bahia, Marílio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus são apontados como mandantes do assassinato da ialorixá.

Arielson da Conceição Santos e Josevan Dionísio dos Santo, que seriam ligados à mesma facção, são suspeitos de executar o crime. Sérgio Ferreira de Jesus, morador do quilombo, teria incentivado o grupo e atuado para facilitar a ação dos criminosos após uma querela com a ialorixá.

As investigações apontam ainda que Sérgio Ferreira explorava ilegalmente madeira dentro da comunidade quilombola Pitanga dos Palmares e, dias antes do crime, havia sido repreendido por Mãe Bernadete, com quem teve uma discussão. Ele era padrasto de Marílio, apontado como um dos mandantes do crime,”Mãe Bernadete tinha uma preocupação e um cuidado com o quilombo, ela não aceitava nada que fosse ilegal, nada que fosse indevido”, afirma a delegada geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito. Ela diz que a postura Mãe Bernadete na defesa do território fez com que o suspeito incitasse os traficantes locais a matarem a ialorixá.

A líder quilombola também lutava contra a instalação de um bar chamado Pitanga Point City, que estava sendo erguido por traficantes para a realização de festas. A barraca foi erguida nas margens de uma represa em uma área de preservação permanente.

A investigação apontou que, após a discussão com Mãe Bernadete, Sérgio Ferreira enviou áudios aos líderes do tráfico dizendo que a líder quilombola teria acionado a polícia para impedir instalação do bar dentro da área de preservação. Depois disso, apontam os investigadores, a morte da líder quilombola teria sido ordenada por Marílio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus.

Sérgio e Arielson foram presos em setembro por suspeita de participação no crime. Josevan e Marílio estão foragidos, sendo que o último tem quatro mandados de prisão em aberto. Já Ydney teve o pedido de prisão preventiva deferido pela Justiça. Um sexto suspeito de envolvimento, que teria guardado as armas usadas no crime e dado apoio à fuga de um dos atiradores, foi indiciado em outro inquérito.

A líder quilombola já havia recebido ameaças e fazia parte de um programa de proteção a defensores de direitos humanos do Governo na Bahia. Câmeras foram instaladas na sua casa e no entorno, e policiais faziam visitas periódicas ao local, mas não havia vigilância constante.

Advogados e familiares de Mãe Bernardete tiveram uma reunião na tarde desta quinta-feira (16) com a equipe da Polícia Civil responsável pelas investigações. A família questiona a possível participação de mais pessoas da facção criminosa como mandantes do crime.

O advogado David Mendez afirma que a defesa da família deve mover uma ação indenizatória contra o estado da Bahia e a União contra o que chamou de “falhas grotescas” do programa de proteção a defensores de direitos humanos ao qual a líder quilombola estava submetida.

“Frustradas as tratativas administrativas, resta à família apenas a via judicial, o que representa um verdadeiro absurdo em se tratando de dois governos [federal e estadual] sob comando do Partido dos Trabalhadores, dito companheiro das comunidades tradicionais brasileiras”, afirma Mendez.

Bernadete Pacífico era coordenadora nacional da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos) e liderava o Quilombo Pitanga dos Palmares. Trabalhava havia anos denunciando a violência contra a população quilombola e as tentativas de tomada das terras.

Após o assassinato de seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, em 2017, a luta contra ataques a terreiros e assassinatos de lideranças religiosas de matriz africana se intensificou. Conhecido como Binho do Quilombo, ele era um dos líderes quilombolas mais respeitados da Bahia.

A líder quilombola estava com os netos quando dois homens chegaram usando capacetes e abordaram a família. Os netos foram trancados em um quarto, e Mãe Bernadete foi morta.

Bernadete foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho na gestão do então prefeito Eduardo Alencar (PSD), irmão do senador Otto Alencar (PSD).

Em julho, ao lado de outras líderes quilombolas, ela participou de um encontro com a então presidente do (Supremo Tribunal Federal), ministra Rosa Weber, na comunidade Quingoma, na cidade de Lauro de Freitas. Na ocasião, Mãe Bernadete afirmou que era ameaçada por fazendeiros.

“É o que nós recebemos, ameaças. Principalmente de fazendeiros, de pessoas da região. Minha casa é toda cercada de câmeras, eu me sinto até mal com um negócio desse”, afirmou.

Desde o início das investigações, cerca de 80 pessoas prestaram depoimento e foram cumpridas 20 medidas cautelares deferidas pelo Poder Judiciário. Também foram analisados 14 laudos periciais, entre os quais os que confirmaram que as armas apreendidas foram de fato usadas no crime.

Além de reconhecimento dos autores por parte das testemunhas, a autoria também foi confirmada por meio da confissão de um dos executores.

O projeto Quilombos do Brasil é uma parceria com a Fundação Ford.

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Maria Carolina, a princesa brasileira morta pelos nazistas em câmara de gás https://radioyoruba.com.br/2023/10/20/maria-carolina-a-princesa-brasileira-morta-pelos-nazistas-em-camara-de-gas/ https://radioyoruba.com.br/2023/10/20/maria-carolina-a-princesa-brasileira-morta-pelos-nazistas-em-camara-de-gas/#respond Fri, 20 Oct 2023 13:55:00 +0000 https://radioyoruba.com.br/?p=12844 O historiador Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança tinha sete anos quando as tropas de Hitler invadiram a Áustria, em 12 de março de 1938. Aos 91, ele não se esquece do semblante de preocupação de sua tia, a princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança (1899-1941). Ela e a mãe de Carlos, Teresa Cristina […]

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Maria Carolina, a princesa brasileira morta pelos nazistas em câmara de gás
© Domínio público

O historiador Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança tinha sete anos quando as tropas de Hitler invadiram a Áustria, em 12 de março de 1938. Aos 91, ele não se esquece do semblante de preocupação de sua tia, a princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança (1899-1941).

Ela e a mãe de Carlos, Teresa Cristina (1902-1990), são bisnetas do imperador Pedro 2º (1825-1891).

Elas são filhas do príncipe Augusto Leopoldo (1867-1922), filho da princesa Leopoldina (1847-1871). Leopoldina é, por sua vez, a segunda filha de Pedro 2º e Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (1822-1889).

Ao todo, o príncipe Augusto e a mulher, a arquiduquesa Carolina da Áustria-Toscana (1869-1945), tiveram oito filhos: Augusto (1895-1909), Clementina (1897-1975), Maria Carolina, Rainer (1900-1945), Filipe (1901-1985), Teresa Cristina, Leopoldina (1905-1978) e Ernesto (1907-1978).

A história da princesa Maria Carolina é contada num dos totens do Memorial às Vítimas do Holocausto, no Rio de Janeiro
© Divulgação

Desses, pelo menos três nasceram com problemas mentais, provavelmente de origem genética: Augusto, Maria Carolina e Leopoldina.

No caso da terceira filha do casal, acredita-se que, além da deficiência mental, ela teria contraído poliomielite. Quem afirma isso é sua sobrinha, Maria Amélia, filha da princesa Clementina, em seu livro de memórias.
Naquele 12 de março de 1938, Maria Carolina não poderia imaginar que apenas três anos depois, no dia 6 de junho de 1941, ela seria morta pelas mãos dos nazistas numa câmara de gás do Castelo de Hartheim, na Áustria.

Tinha 42 anos.

“Minha tia foi barbaramente eliminada por duas razões: era declaradamente antinazista e tinha uma doença incurável”, recorda o sobrinho da princesa, autor de livros como Dom Pedro 2º na Alemanha (Editora Senac, 2014). “O regime eliminou uma inimiga com a desculpa de que ela era inútil e demente”.

Os irmãos Maria Carolina, Augusto Leopoldo, Clementina, Augusto, Rainer e Carolina
© Museu Imperial Ibram MinC

Condenados ao esquecimento

A princesa Maria Carolina nasceu no dia 10 de janeiro de 1899, na cidade de Pula, antigo Império Austro-Húngaro, atual Croácia. Seu nome completo é Maria Carolina Filomena Ignácia Paulina Josefa Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Saxe-Coburgo e Bragança.

Por parte de pai, Maria Carolina era bisneta de Dom Pedro 2º, o último imperador do Brasil, e trineta de Dom Pedro 1º, o primeiro imperador brasileiro.

Maria Carolina no colo da mãe, entre Clementina e Augusto
© Museu Imperial Ibram MinC

Seu pai, Augusto, nasceu em Petrópolis (RJ), no dia 6 de dezembro de 1867, mas, com a morte do avô, Dom Pedro 2º, no dia 5 de dezembro de 1891, passou a morar em Viena.

Foi lá que se casou, no dia 30 de maio de 1894, com a arquiduquesa Carolina, no Palácio Imperial de Hofburg. O casal teve oito filhos.

A família de Augusto e Carolina morou, entre outros endereços, nos castelos Gerasdorf e Schladming, distantes 16 e 345 quilômetros de Viena, a capital da Áustria.

Dom Augusto morreu em 11 de outubro de 1922, aos 54 anos, sem realizar o sonho de, um dia, regressar ao Brasil.

A Lei do Banimento, que impedia a família imperial de colocar os pés no país, vigorou de 21 de dezembro de 1889, por ocasião da Proclamação da República, a 3 de setembro de 1920, já no governo do presidente Epitácio Pessoa.

“Os brasileiros conhecem muito pouco a história da princesa Maria Carolina porque ela nasceu no exílio”, explica a historiadora Astrid Beatriz Bodstein, idealizadora do perfil Royalty and Protocol no Instagram. “Não bastasse, a grande imprensa boicotava toda e qualquer notícia sobre a família imperial. Ela praticamente viveu nas sombras”.

Segundo Bodstein, o príncipe Augusto Leopoldo até pensou em visitar o Brasil por ocasião das comemorações do centenário da Independência, em 1922, mas, adoeceu e morreu logo depois. A primeira integrante do ramo da família Saxe-Coburgo e Bragança a conhecer o país foi a princesa Teresa Cristina já na década de 1930.

O Castelo da Morte

Em 1938, por recomendação de Filipe, o quinto filho da família Saxe-Coburgo e Bragança, sua mãe, Carolina, mudou-se para Budapeste, na Hungria, com a filha, Leopoldina.

Em setembro daquele mesmo ano, seis meses depois da anexação da Áustria pela Alemanha, Maria Carolina foi transferida para um hospital psiquiátrico em Schladming, onde a família residia desde 1918.

A princesa já tinha sido internada, entre outras instituições, em uma casa de repouso em Salzburgo e em um sanatório público em Niedernhart.

“Muitos pais, sob a ameaça de perder a custódia de seus filhos, foram pressionados a mandá-los para supostos asilos e hospitais psiquiátricos”, afirma a historiadora Sabrina Ribeiro, criadora do canal Apaixonados por História no YouTube. “Segundo as leis do regime nazista, pessoas ‘suspeitas’ de doenças hereditárias, ou ‘vidas indignas de serem vividas’, como diziam na época, deveriam ser exterminadas”.

Médicos nazistas, em vez de tratar os pacientes, entregavam os considerados incuráveis, seja por terem deficiências físicas, seja por apresentarem transtornos psiquiátricos, à morte.

No dia 6 de junho de 1941, o hospital de Schladming foi invadido por soldados alemães. Os pacientes — entre eles, Maria Carolina — foram transportados, em veículos apelidados de “ônibus da morte”, para o Castelo de Hartheim.

O Castelo de Hartheim, onde Maria Carolina foi morta
© United States Holocaust Memorial Museum

Assim que chegaram ao centro de extermínio, os pacientes que tinham dentes ou obturações de ouro eram marcados pelos guardas. Depois de sua morte, tais objetos de valor seriam extraídos.

Hartheim era um dos seis centros de extermínio existentes na época. Os outros cinco eram Bernburg, Brandenburg, Grafeneck, Hadamar e Sonnenstein. Neles, os pacientes eram mortos por envenenamento a gás — monóxido de carbono ou cianeto de hidrogênio — ou com injeção letal.

“Na hierarquia da memória, os deficientes físicos e mentais ocupam o último lugar”, afirma a pesquisadora Esther Mucznik, presidente da Associação Memória e Ensino do Holocausto (Memoshoá), em Lisboa. “E ocupam o último lugar, não só pelo apagamento de vestígios, mas, porque, ao contrário de outras vítimas do Shoah, como judeus, ciganos e homossexuais, não tinham representantes ou porta-vozes”.

No mesmo dia em que chegou a Hartheim, 6 de junho de 1941, a princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança foi executada, completamente nua, numa câmara de gás disfarçada de banheiro. Dos chuveiros, não saía água, mas gás letal. Da inalação ao óbito, a vítima, calculam os historiadores, não durava mais do que 20 minutos…

Horário de sua morte: 3h40.

Estima-se que, entre maio de 1940 e agosto de 1941, 18,2 mil pacientes tenham sido executados em Hartheim — média de 40 por dia. Não por acaso, o centro de extermínio ganhou o macabro apelido de “Castelo da Morte”.

O corpo de Maria Carolina foi incinerado em um crematório dentro do próprio castelo e suas cinzas supostamente guardadas na cripta da família na paróquia de Santo Agostinho, em Coburgo.

No mesmo dia de sua execução, o príncipe Ernesto recebeu uma carta de condolências. O documento informava o óbito de Maria Carolina, mas não trazia a causa de sua morte. Em geral, os médicos alegavam que os pacientes morreram de pneumonia ou tuberculose.

Carta endereçada ao príncipe Ernesto comunicando a morte da princesa Maria Carolina
© Acervo Pessoal

‘Eutanásia nazista’

‘Pedra de tropeço’ em homenagem a Maria Carolina instalada em Schladming, na Áustria
© Divulgação

No dia 12 de novembro de 2021, uma “pedra de tropeço” (“stolpersteine”, no original em alemão) em homenagem à princesa Maria Carolina de Saxe-Coburgo e Bragança foi instalada em frente à antiga residência de sua família em Schladming, na Áustria. Atualmente, o castelo abriga a sede da prefeitura.

O projeto, lançado em 1992, é uma iniciativa do escultor alemão Gunter Demnig, de 71 anos. O objetivo dele é lembrar algumas das incontáveis vítimas do Holocausto.

“Uma pessoa só é esquecida quando seu nome é esquecido”, explica o criador do projeto.

Até maio de 2023, já foram instaladas mais de 100 mil “pedras de tropeço” em 26 países, como Áustria, Polônia e Argentina. Só na Alemanha, são mais de sete mil. Cada placa custa, entre produção e instalação, 132 euros.

As “pedras de tropeço” são placas de bronze, esculpidas à mão, sobre cubos de concreto. Em geral, as pedras, de 10 centímetros, são instaladas na calçada diante do último endereço conhecido da vítima.

Na “pedra de tropeço” de Maria Carolina está gravada a inscrição “Aktion T4”.

O T4 faz referência ao endereço da sede da suposta Fundação de Caridade para Cuidados Institucionais: o nº 4 da rua Tiergartenstrasse, em Berlim, na Alemanha. Quem trabalhava lá, entre outros, era Karl Brandt (1904-1948), o médico particular de Adolf Hitler.

“A Ação T4 é conhecida, eufemisticamente, como eutanásia nazista”, revela o historiador Pedro Muñoz, doutor em História das Ciências pela Fiocruz e professor de História da PUC-Rio. “Tratava-se, na realidade, de uma política de extermínio em massa de doentes mentais que antecedeu a chamada solução final”.

“Os historiadores alemães que estudam a história da eutanásia nazista estimam um total de 200 mil vítimas da Aktion T4 em diferentes territórios sobre o domínio do Terceiro Reich”, acrescenta Muñoz.

Príncipe Augusto Leopoldo e sua mulher, a arquiduquesa Carolina, com sete de seus oito filhos
© Prefeitura de Schladming

Lembrar para não esquecer

No dia 19 de janeiro de 2023, a princesa Maria Carolina ganhou mais uma homenagem: a inauguração do Memorial às Vítimas do Holocausto, no Rio de Janeiro.

Lá, o público pode conhecer as histórias de dezenas de vítimas do Holocausto, como a escritora alemã Anne Frank (1929-1945), ou sobreviventes, como o psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905-1997).

“Os terríveis números de milhões de homens, mulheres e crianças perseguidas e mortas pelo regime nazista escondem a tragédia vivida por cada indivíduo”, observa Alfredo Tolmasquim, curador da exposição do Memorial às Vítimas do Holocausto, no Rio de Janeiro.

“Cada pessoa vítima do nazismo tinha um nome, um rosto e uma história, e nós queremos dar voz e contar a história de cada um deles”.

Logo na entrada do museu, um monumento de 20 metros de altura, que simboliza os Dez Mandamentos, destaca o quinto deles: “Não Matarás”.

A exposição é dividida em três salas. Na primeira delas, iluminada e colorida, o visitante recorda o dia a dia dos judeus antes da ascensão de Hitler ao poder. Há vídeos e fotos de escolas, casamentos e aniversários.

O segundo módulo, sombria e silenciosa, retrata a vida durante o Holocausto. Nas paredes, em vez de fotografias colorizadas, retratos em preto & branco. O silêncio é quebrado quando o visitante toca um totem e ouve as histórias de vítimas e sobreviventes. A da princesa Maria Carolina é apenas uma entre tantas.

A última sala ilustra a vida depois da Segunda Guerra Mundial. No centro do módulo, uma mesa interativa dos sobreviventes que foram acolhidos no Brasil. Destaque para Nanette Blitz Konig, de 94 anos.

De origem holandesa, ela foi colega de Anne Frank tanto no Liceu Judaico, na Holanda, onde estudaram, quanto no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, onde estiveram presas. Hoje, mora em São Paulo.

O regime nazista perseguiu, torturou e assassinou, além de judeus, negros, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais, entre outros.

“Os deficientes físicos e mentais eram considerados um peso para a sociedade”, descreve Alfredo Tolmasquim.

“Os nazistas identificavam os alemães como membros da raça ariana, uma raça superior, idealizada como pessoas altas, inteligentes, atléticas, louras e de olhos azuis. Os deficientes ‘sujavam’ a pureza da raça. Milhares de deficientes foram assassinados e outros tantos foram esterilizados em nome de uma pretensa ‘pureza’ da raça”.

História por André Bernardo – Fonte BBC News Brasil.

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