Taking too long? Close loading screen.
Obrigado pela sua visita!
Seja bem vindo!
Carregando
Aqui só toca curimba!
Seu lugar certo!

Radio Yorùbá

Aqui só toca curimba!

Faixa Atual

Título

Artista


Pai de Santo da Anitta pode ser candidato com apoio de Bolsonaro

Escrito por em 11/04/2025

Líder espiritual de famosos comenta possibilidade de disputar as eleições de 2026 — e revela detalhes de momentos com o ex-presidente Bolsonaro, Michelle e aliados

Pai de Santo da Anitta pode ser candidato com apoio de Bolsonaro Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pai de santo Sergio Pina, conhecido por ser o mentor espiritual da cantora Anitta e de outras personalidades, foi meu convidado no programa Painel IstoÉ Gente nesta segunda-feira, dia 7. Em uma conversa franca e reveladora, Pina comentou sobre sua participação no ato político liderado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista no último domingo, falou sobre sua trajetória de mais de 50 anos no candomblé e comentou sobre as conversas para entrar na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições do ano quem vem.

“Já recebi convites, sim. Não vou negar. Mas eu sou um homem que não gosta de tentar. Eu gosto de mirar e acertar”, afirmou Pina. Ao longo da conversa, o líder religioso ressaltou que se sente preparado para assumir um papel político, desde que esteja alinhado com sua missão espiritual. “Se houver o espaço, com certeza, na direita, irei falar. Levar meu legado, minha religião e todos comigo. Somos nós que precisamos estar lá”, disse.

Apesar das críticas que vem enfrentando, inclusive dentro da própria comunidade religiosa, Pina se mantém firme em seu posicionamento político conservador. “Sou atacado pelos meus, pelo tal do fogo amigo. Mas muitos já fecharam comigo. Muita gente está escondida, com medo de se posicionar”, revelou.

Durante a entrevista, ele também relatou detalhes sobre seu encontro com Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador de São Paulo. Segundo ele, foi tratado com muito respeito e afeto. “Parece que a gente se conhece há anos. A Michelle me recebeu de forma muito calorosa, me abraçou com carinho. Pessoas do bem se reconhecem”, afirmou.

Pina também comentou sobre a relação com Bolsonaro e rechaçou a ideia de que não há espaço para pessoas das religiões afro-brasileiras dentro do campo conservador. “Se o presidente falou algo contra, que me mandem na íntegra. Mas se atacou e depois enxergou que estava errado, por que não consertar? Somos todos passíveis de erro.”

Para além da política, Pina falou sobre a representatividade das religiões de matriz africana e o preconceito que ainda enfrentam. Disse que sua postura pública tem incomodado justamente por ocupar um espaço que há muito tempo é negado a líderes como ele. “Me apresente alguém hoje que fale por nós? Não temos. Precisamos de voz. Se não for eu, que seja outro. Mas alguém precisa nos representar de verdade”, afirmou.

O líder espiritual também reforçou que sua presença no ato do fim de semana não foi para promover conflito, mas para defender a liberdade. “Fui à rua por isso. Vi pais de família, trabalhadores sendo presos injustamente por estarem vendendo produtos em manifestações. Isso me tocou profundamente.”

Ao ser questionado sobre possíveis nomes para a presidência caso Bolsonaro permaneça inelegível, Pina não hesitou: “Meu presidente ainda é o Bolsonaro. Mas se ele apontar outro nome, como Tarcísio, Zema ou Michelle, eu sigo. Confio no seu discernimento.” Ele também teceu elogios à ex-primeira-dama. “Ela fala bem, tem postura, é sensata. O casal se equilibra. Ele é mais impulsivo, ela mais ponderada. Isso é bonito de ver.”

A relação com a cantora Anitta, uma das artistas brasileiras mais influentes do mundo, também foi pauta na conversa. Segundo Pina, o vínculo com ela é mais espiritual do que político. “Convivo pouco com a Anitta, mas diariamente com a Larissa”, disse, diferenciando a artista da mulher por trás dos palcos. “Ela tem o direito dela de opinar, de levantar a bandeira dela. E eu também tenho. Vivemos numa democracia.”

Sobre o episódio em que a cantora perdeu seguidores ao revelar sua ligação com a religiosidade de matriz africana, Pina lembrou com empatia: “Ela sofreu intolerância religiosa. Quando eu fui ao ato, ela brincou: ‘Pai, o senhor apanhou muito também, hein?’ Rimos juntos.”

Mesmo se declarando conservador, Pina defende a inclusão e o respeito à diversidade. Disse que, no candomblé, não há espaço para preconceito com a comunidade LGBTQIAPN+. “Pecado para mim é ser mau-caráter, tirar o pão da boca do outro. Viver a sua sexualidade em paz com o outro não é pecado.” E reforçou: “O candomblé aceita todos, mas não aceita tudo. Não aceitamos a baderna, a violência, a droga. Mas aceitamos as pessoas como são.”

Ele também comentou sobre a mudança a possibilidade de retorno de Regina Duarte, ex-secretária de cultura de Bolsonaro, e Cássia Kis às novelas da Globo. “O que fizeram com a Regina foi horrível. Estão voltando porque perceberam que existe público para outras vozes. Isso é saudável.”

Ao mesmo tempo, ponderou que a emissora carioca precisa tomar cuidado nessa tentativa de atrair o público conservador para assistir suas produções: “Tudo que é demais vira resto. Que se tenha equilíbrio. Uma novela pode ter o conservador e o progressista sentando à mesma mesa.”

Ao final da entrevista, Pina fez questão de levantar bandeira branca aos ataques que vem recebendo na internet: “Eu não desisto de trazer quem tem preconceito comigo para perto. Tudo é diálogo, escuta e postura.”

A possível entrada de Sergio Pina na política pode representar, para muitos, um símbolo de transformação: uma tentativa de unir fé, tradição e representatividade com um debate democrático. “Não sou político, sou sacerdote. Mas se o caminho for esse, irei com responsabilidade e coragem”, concluiu.

Fonte ISTO É

Loading


Opnião dos Leitores

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *